segunda-feira, 31 de março de 2008

Confira as atrações da IV Vaquejada de Inverno de Farias Brito (2008)

IV Vaquejada de Inverno de Farias Brito
Cartaz divulgação (clique para ampliar) Parque Silva Antero Farias Brito - Ceará R$ 5.000,00 em prêmios Dias 18, 19 e 20 de Abril de 2008
Atrações: 18/04/2008 - Sexta-feira (acesso livre) Forró Divera Forrozão Medalha de Ouro 19/04/2008 - Sábado Arreio de Ouro & Buscapé Caninana do Forró Forró do Kakeado 20/04/2008 - Domingo (véspera de feriado) Forró Namoro Novo Nildinha & Banda Amor Cearense Organização: Dr. Emanuel Pinheiro - (88) 9921-1138 Nêgo Neto - (88) 9924-7939 Apoio: Prefeitura Municipal de Farias Brito Cãmara Municipal de Farias Brito Infocus Produções Mega Som Ótica Regina Dr. Perboyre Casa & Construção Som & Cia Comercial WN Em breve: XIX Grande Vaquejada de Farias Brito Dias 19, 20 e 21 de Setembro de 2008.

Foto da Semana #12 - Sangria do Açúde Quixará (Açúde de Aurélio)

Sangria do Açúde Quixará (Açúde de Aurélio)

Foto: Dr. Cazuza
Data: Março/2008
Local: Sangradouro do Açúde Quixará (Açúde de Aurélio), Sítio Lagoa, Farias Brito - CE

Goya, Myrlla, e Trio Araçá, fecham com chave de ouro, tributo ao Rei do Baião, em Brasília.

Depois de uma semana de sucesso total em Brasília,
a mostra “Tributo a Gonzagão – Exposição 60 anos de Baião”,
marcou sua despedida em Brasília, com um almoço/show
na Mansão do Xêra, com a presença dos cantores e compositores,
Goya, Myrlla Muniz, Rosemberg Cariry,
Trio Araçá ( Maicon, Fuscão e Boca ) o sanfoneiro Boca Rica, além
da presença marcante da comunidade cearense na Capital Federal.

Para o segundo semestre, dando prosseguimento aos preparativos
para Centenário do Rei do Baião, em pauta a Jornada Gonzaguiana,
com a apresentação de um grande show com acesso gratuito
ao público na Esplanada dos Ministérios, juntando
o que há de mais expressivo na obra de Luiz Gonzaga.
Brasília vai ferver, ao som do ritmo nordestino.

Elmano Rodrigues Pinheiro





domingo, 30 de março de 2008

Livro Memórias do Quixará, de Cícero Menezes

O Blog Farias Brito e o Professor/Escritor Cícero Menezes estão disponibilizando a versão digital do Livro Memórias do Quixará para download. Este livro, que foi lançado em maio de 2002, resgata a história do antigo Quixará. Link para download do livro (em PDF) (Todos os direitos reservados ao autor). Para visualizar os Arquivos PDF é necessário ter instalado o programa Adobe Reader. Caso não tenha instalado, clique no ícone a seguir para fazer o download.  
Apresentação do livro:
Por Maria de Alcantara Seabra Pinheiro - Professora.
Grata pela incumbência que me foi atribuída, tenho a honra de apresentar este livro que retrata fielmente a história do nosso município. Desfolhando as páginas encontramos o cenário conhecido de nossa gente. A visão de um Quixará bafejado pelo vento da sorte, sacudido pelo terremoto que lhe mudou a feição antiga e o fez uma Farias Brito que se volta para o progresso e o desenvolvimento. Vemos também neste livro, uma Farias Brito nos seus albores, despontando silenciosa entre o calcário, contornada pelo rio Cariús, apreciada pela Serra do Quincuncá. Memórias do Quixará surgiu do sonho de um jovem que desde criança, quando fazia pesquisas escolares, se interessou pelas coisas do Quixará. Foi juntando cópias de documentos, colecionando recortes de jornais e revistas, ouvindo depoimento dos mais velhos, entrevistando outros sobre a sua estimada terra. O sonho do menino tornou-se realidade após uma década. O autor traduz um panorama da vida política do município, razão porque deu-se ao trabalho de proceder a pesquisa em torno da época e do homem, sobretudo da religião, relatando fatos marcantes nos diversos setores da vida social, econômica e cultural do município. É uma obra caracterizada pelo sentido da precisão, clareza e sobriedade. A linguagem é simples, porém dinâmica. Seu estilo sugere constantemente uma visão amorosa pelos antepassados. É um livro especial para estudantes e aficionados das histórias do passado, que trata de início, fundação e emancipação política do município percebendo-se facilmente o entrelaçamento dos fatos. No tom subjetivo do livro, transparece o devotamento de Cícero Menezes à causa fariasbritense, dos documentos guardados, da sua vivência, da sua privilegiada memória. Da sua iniciativa brotou este livro, que considero o germe da história de Farias Brito. Aqui outros pesquisadores terão uma fonte de informação para continuarem o caminho, a história. Como filha de Farias Brito, envaidece-me apresentá-lo. Os laços que me ligam a esta terra, acordaram em mim a infância vivida no Distrito de Cariutaba, a juventude na sede do município, a saudade do meu pai, da minha avó, da minha irmã, dos meus sogros que já se foram, as lembranças aconchegadas no meu íntimo, o desejo de junto com o amigo Cícero Duarte de Menezes embalar Farias Brito nos acordes da encantadora melodia : “entre os socalcos que te ornam ó berço amado”. 
O Autor
Por Francisca Francineide de Oliveira Lima - Professora.
CICERO DUARTE DE MENEZES, nasceu aos 10 de dezembro de 1974, na cidade do Crato-CE, filho de Isaú Duarte Leite e Irene Pereira de Menezes. Iniciou a sua formação educacional em Farias Brito, berço tradicional de sua família, junto à Escola de 1º grau Gabriel Bezerra de Morais onde concluiu o Ensino Fundamental no ano de 1989. Cursou o Ensino Médio no Colégio Municipal Pedro Felício na cidade do Crato, vindo a concluir o curso na Escola de 1º e 2º graus Getúlio Vargas, no ano de 1993. Em 1994, foi aprovado no vestibular da Universidade Regional do Cariri – URCA, ingressando no curso de Pedagogia e habilitando-se para o magistério e administração escolar. Como universitário participou de seminários, encontros, simpósios, destacando-se de forma reconhecida nas atividades acadêmicas. Teve bom relacionamento com seus professores e colegas e deu passos significativos para a sua vida profissional. A culminância do curso ocorreu com a colação de grau no ano de 1998. Várias são as atividades profissionais exercidas pelo professor Cícero Menezes, destacando-se: . Catequista da Paróquia Nossa Senhora da Conceição – 1989 a 1992 . Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Gabriel Bezerra de Morais - 1995 a 1996. . Radialista amador, redator e apresentador do Jornal Farias Brito Notícias pela Rádio Comunitária S. Sucesso – 1997 a 1999. . Eleito pela comunidade para a função de Conselheiro Tutelar de Farias Brito – 1998 a 1999. . Aprovado em Concurso Público para Coordenador Pedagógico da Escola de Ensino Fundamental e Médio Luiz Otacílio Correia ( Cariutaba ) – 1999 a 2001. Sempre que se faz necessário presta serviços relevantes à Comarca de Farias Brito como membro da Junta Apuradora de Votos e integrante do Tribunal Popular do Júri. É membro supremo da COMDEC (Comissão Municipal de Defesa Civil), representante das Associações Comunitárias junto ao CMDS (Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável) e Vice-Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Farias Brito. Além dessas funções de caráter social e comunitário exerce atualmente a coordenação pedagógica (5ª a 8ª série) da Secretaria Municipal de Educação Cultura e Desportos e Professor Temporário da Escola de Ensino Fundamental e Médio Gabriel Bezerra de Morais, desempenhando um trabalho digno e proveitoso junto aos professores e resgatando a cidadania junto aos discentes. Dotado de reconhecida inteligência é tido como uma figura de destaque na sociedade fariasbritense, contribuindo significativamente com processo de desenvolvimento do município e elevando o seu nível cultural. -- Entre em contato com o autor: cicero.menezes@bol.com.br

sábado, 29 de março de 2008

Histórico de Farias Brito (Quixará)

A área geográfica onde se localiza a atual comunidade, foi outrora, campo de atividade da valente tribo cariús, que habitava grande parte da zona sul do Ceará.

O povoamento da terra teve início no primeiro quartel do século XVIII e se originou da concessão de datas de sesmarias a alguns pioneiros. Registro da crônica histórica dá conta que um dos vultos marcantes da formação da comuna foi o coronel Francisco Gomes de Oliveira Braga, chefe político muito influente que consegui fosse o florescente povoado elevado à categoria de vila.

Origem do Topônimo: nome primitivo do município era Quixará. É um topônimo de origem indígena. Vem de “quixa” o que corta, o dicotiles “queixada” mais “à” (sufixo, dizendo “composto do” – composto de queixadas; lugar onde abundam esses dicotiles.

Gentílico: farias-britense

Formação Administrativa:

Distrito criado com a denominação de Quixará, por ato de 22-07-1873 e por lei provincial nº 2042, de 06-11-1883.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Quixará, pelo decreto estadual nº 82, de 13-10-1890, desmembrado de Assaré. Sede no atual distrito de Quixará ex-núcleo de Quixará. Constituído do distrito sede. Instalado em 15-11-1890.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila aparece constituído de 2 distritos: Quixará e Barreiros.

Pela lei estadual nº 1794, de 09-10-1920, é extinto a vila de Quixará, sendo seu território aenexado ao município de Santana do Cariri.

Pela lei estadual nº 2359, de 26-07-1926, o distrito de Quixará deixa de pertencer ao município de Santana do Cariri, para ser anexado ao município de Crato.

Pelo decreto estadual nº 193, de 20-05-1931, o distrito de Quixará deixa de pertencer ao município de Crato, sendo incorporado ao município de São Mateus.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Quixará, volta a pertencer ao município de Crato.

Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Quixará, pela lei nº 268, de 30-12-1936, desmembrado de Crato. Sede no antigo distrito de Quixará. Constituído de 2 distritos: Quixará e Monte Pio.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído de 2 distritos: Quixará e Monte Pio.

Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o município de Quixará adquiriu o distrito de Ingá, do município de São Mateus. Sob o mesmo decreto acima citado é criado o distrito de Quincuncá e anexado ao município de Quixará e ainda extingüi o distrito de Monte Pio, sendo seu território anexado ao município de Quixará.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Quixará, Ingá e Quincuncá.

Pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, o distrito de Ingá passou a denominar-se Cariutaba.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Quixará, Cariutaba ex-Ingá e Quincuncá.

Pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951, é criado o distrito de Nova Betânia e anexado ao município de Quixará.

Pela lei estadual nº 2194, de 15-12-1953, o município de Quixará passou a denominar-se Farias Brito.

Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município já denominado Farias Brito é constituído de 4 distritos: Farias Brito, Cariutaba, Nova Betânia e Quincuncá.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960.

Pela lei estadual nº 643, de 29-07-1963, desmembra do município de Farias Brito o distrito de Cariutaba. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 6509, de 01-10-1963, desmembra do município de Farias Brito o distrito de Quincuncá. Elevado à categoria de município.

Pela lei estadual nº 6687, de 16-10-1963, desmembra do município de Farias Brito o distrito de Nova Betânia. Elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.

Pela lei estadual nº 8339, de 14-12-1965, o município de Farias Brito adquiriu os extintos municípios de Cariutuba, Nova Betânia e Quincuncá foram criados e não instalados, figuram como simples distrito.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 4 distritos: Farias Brito, Cariutaba, Nova Betânia e Quincuncá.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Alteração toponímica municipal:

Quixará para Farias Brito alterado, pela lei estadual nº 2194, de 15-12-1953.


Fonte: Biblioteca Digital do IBGE
http://biblioteca.ibge.gov.br/

Carta do Leitor - Jefferson Wallace de A. Bezerra

Caros amigos do Blog de Farias Brito, minha querida terra, acompanho sempre o blog  e quero apenas parabenizá-los, e dizer que a está cada dia melhor, agregando mais pessoas inteligentes, amantes da nossa cultura local, com ótimos textos resgantando pessoas e momentos da nossa cidade, nossa cultura, e nossos valores.

Um abraço a todos
Jefferson Wallace de A. Bezerra

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Resposta:

Prezado Jefferson,

ficamos felizes em saber que você está sempre acompanhando o Blog Farias Brito. Este trabalho não seria possível sem vocês nossos queridos leitores. Com certeza a colaboração de diversas pessoas tem sido fundamental para que o nosso Blog em tão pouco tempo tenha se consolidado (acredito eu) como um dos blogs da região do Cariri de maior qualidade e quantidade de conteúdo. Inclusive tendo reconhecimento do Blog do Crato, coordenado pelo o amigo e também de raizes fariasbritenses Dihelson Mendonça.

Agradeçemos as congratulações e estamos sempre lhe esperando por aqui. Pedimos a nossos leitores que divulguem o Blog para a família, os amigos não somente do município de Farias Brito, mas que tenham interesse pela cultura caririense e nordestina como um todo.

Com certeza mensagens como estas são a força motriz para estimular nossos colaboradores a escreverem mais e mais. Nós que temos a agradecer seu e-mail.


Yuri Lacerda
Equipe Blog Farias Brito

sexta-feira, 28 de março de 2008

Pense antes de publicar




Hoje encontrei um vídeo no YouTube que já tinha visto um tempo atrás e achei muito interessante. É um vídeo de uma campanha publicitária alertando aos jovens sobre o perigo de expor informações íntimas na Internet.

Com a popularização de orkut, blogs, youtube, entre outras milhares de redes de relacionamentos cada vez mais as pessoas estão divulgando informações pessoais na Internet. Estas não imaginam o perigo que pode haver com a exposição destas informações.

Só exemplificando como as informações podem ajudar pessoas más intencionadas. O caso do orkut, você pode colocar seus gostos, nome, lugar que estuda, trabalha, fotos e centenas de informações pessoais que podem ser colhidas através de suas comunidades. Então um sujeito mal intencionado com estas informações em mãos pode se aproximar de você já tendo um conhecimento de suas preferências: do que você gosta de comer, ler, assistir, para onde você gosta de ir, etc.

As informações digitais possuem a característica de "reproducibilidade", ou seja, ela é facilmente reproduzível (o famoso copiar e colar). Uma informação que é enviada para a Internet foge de quem a envia, podendo ter uma propagação exponencial.

Por exemplo, uma fotografia que é colocada no orkut ou em um blog pode ser copiada por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Só fazendo um cálculo, se cada pessoa tiver 20 amigos na lista de contatos de email e cada uma pessoa dessas encaminhar um email com sua fotografia para sua lista de amigos, quando os amigos dos amigos de seus amigos tiverem encaminhado já se totalizará 8 mil pessoas com suas fotografias. Portanto, cuidado na hora de publicar seus arquivos pessoais na internet, seja uma fotografia, um vídeo ou até informações sobre você.

Por Yuri Lacerda

NORMANDO - O DALÍ DO SERTÃO


Por: Joilson Kariry Rodrigues

Inicio dos anos 80
O caldeirão da cultura fervia um caldo de arte e anarquia nas trempes do Cariri, cada um adicionando uma pitada de tempero a seu gosto. O homem do sertão, Normando, apimentou o guisado. Ressuscitou Antonio Conselheiro, tomou-lhe o cajado e a língua ferina, fez-se do mesmo barro que modelou Gonzagão e Patativa, dessa argila desidratada que assoalha o sertão. Deu-se para a caatinga, recolhendo ossos e o sal do torrão, fez arte, destemperou o caldo. Usava a grife Salvador Dalí: fartos bigodes, costelas salientadas, e a genialidade de igual a igual, pau a pau como se diz hoje.
Conheci Normando na aridez desses tempos, anos 80. O Crato era de açúcar e fel, ora se afogando nos descontroles das nuvens, ora se esturricando sob a impiedade de Helios, o deus sol. Era refugio dos donos das artes, dos loucos que aprendi a amar, dos anarquistas, era casa da mãe Joana. Normando me apresentou o Crato levando-me a dá o meu primeiro passeio de elevador. Fingiu não rir da minha cara abobalhada, do meu extasio de menino que descobre o mundo para além das ribeiras do Cariús; e deu-me de presente essa cidade, os loucos, os artistas e os anarquistas.
Lembro-me do desenho de giz na calçada da Sé, um sertanejo crucificado num cabo de enxada, riscado numa madrugada de insônia. Nesse dia dividimos o último cigarro, a abstinência de um gole de cachaça, as risadas que acordaram padre Bosco. Ele me convencia a engajar nos movimentos liderados por Leonel Araripe e Carlos Rafael, como se eu tivesse importância pro movimento. As sobras do giz viraram uma escultura de sereia nua em suas mãos gigantescas, talhada e esculpida por uma tampa de caneta Bic, para depois ser atirada nas águas do canal, e foi, boiando, para as águas do oceano que eu ainda não conhecia, encantar marinheiros distraídos.
Esperamos os derradeiros suspiros da lua nos batentes da catedral. E quando o sol veio cumprir sua sina de alumiar o sertão já estávamos na porta de Carlos Rafael, como dois remanescentes da boemia que se negam aceitar o fim da noite, vampiros à luz do dia.
Senti ali que o sertão me regurgitava de suas entranhas, o mundo não era só ali e Normando me dizia isso no dia que me descobriu num esquete de escola em Farias Brito. Era difícil acreditar que eu tivesse algum talento diante das mil faces artísticas dele, mas ele achou que eu tinha.
Normando Rodrigues era Pintor, Desenhista, Escritor, Poeta, Escultor, Artesão, Ceramista, Gravurista, Xilógrafo, entre outras atividades que exerceu.
Filho de D.Carmosina e Enoch Rodrigues, de Farias Brito.
A figura mais fantástica que eu já conheci. Um gênio.
Leia mais sobre Normando Rodrigues
http://www.cariricult.blogspot.com/search?q=normando


Leia tambem a minha coluna no portal Café & Revista
www.cafeerevista.com.br/blogs
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Arte de Normando Rodrigues que ilustrará a capa do meu livro SERTÃO URBANO

A escudeira fiel do Coronel Chico Leite.


Antonia Pedro tinha uma personalidade muito forte.
Comandava com mão de ferro, tudo que representasse
o patrimônio do coronel Chico Leite, fazendo
as vezes de capataz.
Com um pulso forte, enfrentava com altivez
quem atravessasse seus interesses, e seu caminho.
Incorporava o papel de fiel escudeira do patrão,
traçando todos os rumos que necessários fossem,
para que nada de anormal, pudesse mudar a rotina
daquela família que era a sua vida ,e a sua razão de viver.
Com dignidade passou da casa dos 80 anos,
impondo uma liderança, que ninguém jamais
se atreveu a enfrentar.
Gostava de fazer tudo por inteiro, e não aceitava
nada pela metade, e não gostava nem de brincadeira
que se falasse em bandinha.
Vixe meu Deus,deixe eu parar por aqui................

Elmano Rodrigues Pinheiro

Quincuncá via satélite

Navegue à vontade pelo Distrito de Quincuncá, em Farias Brito.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Agenda de Eventos em Farias Brito

A cidade possui eventos importantes durante todo o ano e nessas ocasiões recebe visitantes de todo o Brasil. Eis alguns dos principais eventos:

Vaquejada de Inverno

Em abril

Com o sucesso estrondoso da Grande Vaquejada de Setembro na cidade de Farias Brito, nada melhor do que outra vaquejada na cidade. Foi com esse pensamento que surgiu a Vaquejada de Inverno que ocorre já há alguns anos no Parque de Vaquejada Silva Antero. A vaquerama local e das cidades vizinhas se reúnem durante toda a semana realizando bolões de vaquejada, e no final de semana disputam a premiação que a cada ano é maior! A diversão é garantida nas barracas, no salão do parque e nos shows à noite.

Festival de Violeiros

Em Maio

Já ocorre há vários anos o maior festival de violeiros da região. Sempre no dia do trabalhador (1° de maio) a cidade inteira vai ouvir os repentes dos violeiros que disputam o prêmio. O evento já tem repercussão internacional, no ano de 2007 houve participação de violeiros de outros países e o festival já faz parte, em conjunto com outras cidades, do Festival Internacional de Violeiros. Vale a pena conferir a nossa cultura estampada nos versos dos nossos violeiros.

Arraiá do Povão

Em Junho.

No mês junino ocorre o Arraiá do Povão em Farias Brito, é o nosso São João! Há festival de quadrilha, barracas de comidas típicas, shows, sanfoneiros, barraca do beijo e muito mais! No festival de quadrilhas há disputa das quadrilhas locais e das cidades vizinhas que concorrem aos primeiros lugares e ao prêmio. São João em Farias Brito: é a cultura nordestina bem difundida em nossa cidade! É diversão garantida!

Grande Vaquejada de Farias Brito

Em Setembro.

Sem dúvida o maior evento da nossa cidade. Milhares de pessoas vêm a Farias Brito participar da vaquejada, entre turistas, vaqueiros, fariasbritenses que moram fora, parentes, amigos, etc. Ocorre no Parque de Vaquejada Silva Antero anualmente no mês de Setembro. A vaquejada a cada ano fica maior e melhor! Há movimentação por toda a cidade, nas ruas, nos bares, nos restaurantes, no parque de diversões, no parque de vaquejada, nas barracas, no salão de festas, etc. É uma das maiores vaquejadas do interior do Ceará e atrai pessoas de todo o Brasil

Padroeira: Nossa Senhora da Conceição

Em Dezembro.

Chega a hora do povo fariasbritense agradecer à sua Padroeira: Nossa Senhora da Conceição. É um tempo de muita reflexão e de muitos devotos na Igreja Matriz durantes as novenas. Com encenações artísticas e muito mais.





Festa do Município de Farias Brito

Em Dezembro.

Com uma programação bastante diversificada é comemorado o aniversário de Emancipação Política de Farias Brito. Com festas dançantes, shows, corrida de jegues, gincanas, jogos, barracas e muito mais! É uma festa para todos os gostos, vale a pena conferir.



Taciano Pinheiro.

Seca dá lugar a enchentes no Cariri

Quinta-feira, 27/03/2008

Meteorologistas afirmam que já choveu 85% acima da média histórica de março no sertão do Ceará. Muitos agricultores perderam tudo, por causa dos alagamentos.



Encerramento dos Festejos do Teatro - Dia Mundial do Teatro

SESC JUAZEIRO ENCERRA FESTEJOS QUE COMEMORAM O DIA MUNDIAL DO TEATRO

O SESC Juazeiro encerra hoje, quinta-feira, os Festejos do Teatro que comemoram o Dia mundial do Teatro celebrado hoje, dia 27 de março.

A programação de hoje (que segue abaixo) terá início às 15h e conta com diversas atrações como oficinas, debates, espetáculos teatrais e circenses, teatro de bonecos, música, poesia, literatura de cordel e inclui ainda, visitação às obras do Teatro Patativa do Assaré e homenagem à equipe de operários, técnicos e engenheiros que conduzem a construção.

Para todas as atividades a entrada é franca.

SERVIÇO:

Festejos do Teatro – Comemoração do Dia Mundial do Teatro

Encerramento hoje, a partir das 15h, no SESC Juazeiro.

Entrada Franca.

Mais informações:

SESC Juazeiro

Rua da Matriz, 227.Centro, Juazeiro do Norte – CE.

Fone: 3512.3355 – Ramal 219.

Programação

27/03 – quinta-feira

Hora

Espaço

Ação

15h

§ Ateliê de Artes Plásticas

§ Oficina de construção de brinquedos populares com a Cia Tê-tê-rê-tê-tê

16h

§ Terreiro da Mestra Margarida

§ Apresentação de espetáculos circense com integrantes do Instituto de Ecocidadania Juriti - IEJ (Juazeiro - CE)

17h

§ Terreiro da Mestra Margarida

§ Apresentação do espetáculo "Mamulengo Arte do Riso" – Cia Tê-tê-rê-tê-tê - Teatro de Bonecos – (Juazeiro - CE)

18h

§ Terreiro da Mestra Margarida

§ Lançamento de títulos do projeto SESC Cordel, com leituras dos mesmos, na banca do cordel;

19h

§ Teatro SESC Patativa do Assaré

§ Visitação à construção das instalações do Teatro:

o Performance Poética: leitura de textos de Bertolt Brecht, feita por atores da região;

o homenagem à equipe de operários envolvidos na construção do Teatro, com a presença dos mesmos;

20h

§ Terreiro da Mestra Margarida

§ Apresentação do espetáculo "Magia" – Cia. De Teatro-Circo Lua Crescente (João Pessoa – PB)

21h

· Galeria de Artes do SESC Juazeiro

· Abertura da exposição: "Patativa em Cena" - exposição das pranchas (Desenhos das Plantas) do Teatro SESC Patativa do Assaré e de poemas e fotos do poeta.

· Armazém do Som – "Momento Único" – Show Instrumental com Maria Gomide, Francisco Gomide, Beto Lins e Ranier Oliveira;

§ Terreiro da Mestra Margarida

§ Coquetel;

§ Queima de fogos;

§ Encerramento da programação.


II Concurso Literário & XIII Festival de Violeiros de Farias Brito

II Concurso Literário: "Brasil, um país de todas as cores"
&

XIII Festival de Violeiros de Farias Brito


A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte em parceria com o Centro Cultural Maria Mariêta Pereira Gomes, lança o Concurso Literário "Brasil, um país de todas as cores", no intuito de resgatar a significativa participação das culturas afro-brasileira e indígena na formação do povo brasileiro.

I – Período de Realização


O Concurso realizar-se-á no período de 1º de abril a 1º de Maio de 2008.

II - Público-alvo

O Concurso será destinado aos alunos matriculados no Ensino Fundamental II (6ª a 9ª) da Rede Pública de Ensino do Município de Farias Brito.

III – Organização do Trabalho

O trabalho deverá ser composto em forma de cordel, num conjunto de 15 (quinze) estrofes de 06 (seis) versos, abordando a importância das culturas afro-brasileiras e indígenas na formação do povo brasileiro.

O trabalho escolhido em cada Escola deverá ser entregue na Secretaria de Educação até o dia 12 de abril de 2008, devidamente digitado.

A capa de cada cordel deverá ser um desenho feito por um aluno da Escola, retratando o mesmo tema do cordel, e deverá conter o nome do autor do cordel e da capa, bem como o nome da Escola e da localidade.

IV – Dos participantes

Poderão participar todos os alunos interessados, mediante a Coordenação do Centro de Multimeios ou da Coordenação Pedagógica da Escola.

V – Da Seleção dos melhores trabalhos

Cada Escola selecionará através de seus professores de Linguagens e Códigos e Ciências Humanas o melhor trabalho, que será encaminhado à Coordenação do Projeto, para ser impresso em forma de Cordel em nome de cada Escola, e ser lançado no dia 1º de maio, por ocasião do XIII Festival de Violeiros.

Os trabalhos serão vendidos pelos alunos no local do evento e a renda será distribuída 50% para o autor da obra escrita e 50% para o autor da capa.

VI – Orientações Metodológicas


Os Professores de Língua Portuguesa orientarão os alunos na construção dos versos, observando a métrica e as regras gramaticais.

Os professores de História e Geografia serão responsáveis pela pesquisa sobre o tema, juntamente com os alunos, a fim de oferecer os conhecimentos necessários para a realização dos trabalhos escritos.

Para tanto, são sugeridos os seguintes procedimentos para os professores:
  • Pesquisar sobre as expressões afro-brasileiras e indígenas.
  • Prezar pela valorização das culturas em estudo.
  • Divulgar a realização do trabalho para toda a comunidade.
  • Monitorar o trabalho em todo o seu decorrer.
Não serão aceitos trabalhos que em qualquer hipótese apresentem preconceito ou discriminação por qualquer uma das duas culturas.

VII - Orientações para a seleção dos trabalhos.


Deverá ser selecionado o trabalho que mais expressar os seguintes aspectos:
  • estar vinculado às tradições de uma ou das duas culturas;
  • abordar tradições e costumes dos povos dessas culturas.
  • reforçar a identidade afro brasileira e indígena;
Colaborou: Cícero Menezes

quarta-feira, 26 de março de 2008

O Sanfoneiro do Riacho da Brígida.

Conheci hoje a figura especial de Sinval Sá.
Nunca poderia imaginar que aquela figura
tão simples carregasse a tiracolo, uma das
principais obras já escritas a respeito da vida
de Luiz Gonzaga.
Trocamos idéias, colocamos afinidades,
e marcamos para breve um encontro, que
para mim trará um acervo sem precedentes
na minha pequena cultura musical.
Minha tarde foi mais do que proveitosa
curtindo bons trechos desse livro,
que se faz necessário à todos aqueles
que tiveram a alma tocada por qualquer
acorde desse, que foi o maior representante
da cultura, e do sentimento do povo nordestino.

Previsão do tempo

Previsão do dia 26/03/2008, com imagens da enchente em Lavras da Mangabeira (a 77Km de Farias Brito).



Veja a previsão para os próximos dias para a Cidade de Farias Brito:

Gonzagão continua vivo.

A Câmara dos Deputados virou um teatro do povo.
Centenas de populares disputavam espaço entre
deputados e outras autoridades para reverenciarem
a imagem de um mito, que apesar de haverem
se passado quase vinte anos do seu desaparecimento,
continua vivo na alma dos seus súditos, como se ainda
vivo estivesse.
Ontem pela maneira descontraída como se desenrolava
a mostra, poderia se dizer que a Câmara era realmente
a casa do povo. O sentimento do público era de um resgate,
e assim será durante toda exposição itinerante, que a partir
primeiro de abril a começar por São Paulo, levará o nosso grande
mito, Brasil afora, mostrando um pouco da alma nordestina.


Brasília se rendeu ao Rei do Baião.












O Coco do Cariri: você sabe como é?


Por Sheyla Graziela
Fotos: Yuri Lacerda

As pessoas formam uma roda, a pisada é forte e ritmada, versos são ditos, as palmas complementam os instrumentos de percussão...O Coco é celebração, os participantes geralmente se reúnem ao ar livre, em contato com a natureza e a memória dos antepassados espreitando a alegria da ocasião. Uma manifestação cultural que ora é dança, ora é brincadeira, a denominação depende mesmo é do grupo que a executa.

O Coco chegou ao Ceará com os escravos africanos que vieram trabalhar nos engenhos de açúcar. As influências são muitas, dos portugueses herdou-se o movimento da roda, algumas coreografias assimilaram influências indígenas, dos africanos veio a tal umbigada, que funciona assim: o dançarino solista dá uma pancada com o umbigo na pessoa ou nas pessoas que deverão substituí-lo.

A cuíca, o pandeiro, o ganzá e o triângulo são os instrumentos musicais necessários para acompanhar a brincadeira. Dizem que começou como cantiga de trabalho utilizada pelos negros enquanto quebravam o coco para a manufaturação. Impossível é classificar porque a nomenclatura vem sempre de situações muito particulares, como o local, daí surgiu o Coco de Usina, Coco do Sertão e Coco de Praia, outras vezes dependendo do tipo de instrumento utilizado, existe o Coco de Ganzá e o de Zambê (uma espécie de tambor), ou ainda decorrente do processo de composição musical como o Coco de Toeira ou Embolada.

Na região do Cariri existem vários grupos que preservam a tradição de seus ancestrais dançando Coco, segundo o presidente da Fundação de Folclore Mestre Eloi, Antonio Carlos Ferreira Araújo (professor Cacá Araújo), a desenvoltura coreográfica faz alusão às danças primitivas de negros e índios, atualmente temperadas por versos de inspiração trovadoresca medieval no estilo mais nobre dos cantadores sertanejos. “É o sertão revelando-se universal em sua alma brincante”, diz.

É interessante perceber como a brincadeira vai se adequando à população local, o coco de praia é formado exclusivamente por homens, o coco do sertão é dançado aos pares (homens e mulheres). No Crato, o grupo A Gente do Coco apresenta características notáveis, os pares são formados somente por mulheres, sendo que uma parte delas faz o papel do cavalheiro na dança. E as coquistas têm idade entre 49 e 87 anos, Edite Dias de Oliveira Silva é mestra desse grupo de mulheres do bairro Gisélia Pinheiro (conhecido por Batateiras) e conta que quando começou os homens não queriam participar, por isso veio a idéia de formar pares de mulheres, mas acredita que se resolvessem convidar os homens para a dança hoje, eles aceitariam porque já perceberam “o sucesso” conquistado.



Edite Dias conheceu a brincadeira do coco em 1979, aprendeu com uma amiga, hoje é a mestra de um grupo de 17 integrantes, são sete mulheres que se vestem de cavalheiros, sete que são as damas, uma que puxa a toeira, e um menino que é pandeirista. O que é toeira? Mestra Edite explica de forma simples: “É o canto que a gente canta”. Ela vai puxando as toeiras (os versos), as outras pessoas da roda respondem com palmas, pisadas e refrãos. O único instrumento de percussão que A Gente do Coco possui é o pandeiro. “Há muito tempo que a gente fala nisso aí mas nunca achamos um patrocinador que nos desse outros instrumentos e o nosso grupo é pobre porque nós somos todas agricultoras”, diz dona Edite.

Cacá Araújo relata que as mulheres da Batateira são trabalhadoras rurais politizadas, participam de movimentos comunitários, lutas sindicais, e executam um espetáculo primoroso, com coreografias marcadas por pisadas fortes e voltas em roda. “Umas avós, outras já bisavós, com resistência física, beleza rítmica e alegria”, afirma. Maria Raimunda Sena de Sousa é uma das damas que compõe o grupo, tem 76 anos, dança coco há 32 anos e diz que o médico recomendou exercício físico porque ela tem problema na coluna e dores nas pernas. “Aí eu acho é bom, quando eu tô brincando pronto! Desaparece tudo e eu num tô é sentindo nada, quando eu tô quieta dentro de casa, é toda encriquiada(sic), é toda dura”, diz.

Os ensaios acontecem apenas uma vez por mês, no quintal de dona Edite sob uma enorme mangueira. Quando estão programadas apresentações públicas elas aumentam o número de encontros. As damas se apresentam com uma saia rodada de babado com elástico na cintura, uma blusa soltinha com babado grande e um laço na frente, aquelas que se vestem de cavalheiros usam uma calça comprida feita do mesmo pano da blusa das mulheres e uma camisa do mesmo pano das saias. Para calçar utilizam sapatilhas ou sandálias de couro. Os versos são criados de acordo com o local em que vai ser feita a exibição, quando ocorre numa praça eles ensaiam uma cantoria que fale sobre esse lugar.

A partir da orientação do folclorista Eloi Teles de Morais foi criado um grupo de coco infantil há alguns anos, o Coco Mirim da Batateira, que tem Edite Dias de Oliveira Silva como mestra e Raimunda Queiroz Vitorino como mestra coordenadora. A iniciativa repercutiu de forma satisfatória e hoje já existe o Coco Misto, que reúne meninos e meninas brincando coco, diferindo do adulto pelas pisadas e toeiras.

Segundo mestra Edite as crianças estão fazendo um coco mais “teatral”, onde os passos (pisadas) vão representando as situações, no momento que o verso fala em pisar o milho o cavalheiro faz como se estivesse pisando o milho, quando fala em peneirar a mulher faz de conta que está peneirando. Ela explica que com o grupo A Gente do Coco há dificuldade em fazer algo assim tão elaborado porque é complicado para uma senhora decorar tantas minúcias. “Nós preparamos esses grupos mirins que é pra ver se quando a gente não tiver mais condições de tocar esse barco, eles têm condições de levar isso aí”, disse.

Cacá Araújo explica que é essa herança cultural transmitida aos mais jovens que garante a longevidade aos folguedos, embora seja natural a incorporação de alguns elementos e a perda de outros. “Sempre foi assim. Da idade da pedra, passando pelo surgimento da agricultura, até os tempos da modernidade, podemos, querendo, identificar elementos constitutivos da alma criadora do homem, com roupagens mais ou menos diferentes, mas com a essência original”, diz.



FUNDAÇÃO DO FOLCLORE MESTRE ELOI

Em 1997 foi criada por Eloi Teles de Morais, Cacá Araújo, Rosemberg Cariry e mestres dos folguedos locais a Fundação Casa do Folclore Cego Aderaldo. Após o falecimento do Mestre Eloi em 2000, foi feita uma homenagem dando à Fundação o nome dele. Mestre Eloi era cordelista e radialista, trabalhando na rádio Educadora com o programa Coisas do meu Sertão, recitou poetas populares como Zé da Luz, Cego Aderaldo e Patativa do Assaré, incentivou e divulgou as manifestações do folclore da região do Cariri. Hoje a Fundação do Folclore Mestre Eloi busca difundir e preservar as tradições populares, reúne 20 grupos folclóricos diversos e mantém um Conselho formado por mestres do saber popular.

Fundação do Folclore Mestre Eloi:

R.Mons. Fco. de Assis Feitosa, 576, Centro – Crato – Ceará – CEP.: 63.100-360

Tel.: 88 35237430 - 88 35231333

terça-feira, 25 de março de 2008

Preito de saudade

Hoje (25/03/2008) Farias Brito perdeu um de seus filhos ilustres, digno de nossa admiração e respeito, pelo significado que suas qualidades e virtudes nos inspirava. Trata-se da figura pacata e amiga de João Antonio de Sousa, nosso querido "Bilão". Conhecemos desde criança este grande homem, cujo nome ja inspirava a majestade de seus gestos também grandiosos. Nos deixa o legado de suas renomadas qualidades morais, que faz com que as nossas lágrimas se misturem as correntezas do Cariús, nesses sombrios dias de chuva e inundação.
90 anos vividos à sombra do saudoso Quixará. Mesmo quando faltou-lhe o uso da razão, pedia para voltar para lá, como que tivessem lhe retirado do torrão tão querido, onde fora criado por Seu Non e Dona Lôzinha, ao lado de Raimundinho, Honorato, Pierre, Elza, Teca, Aldizia e Chica.
Foi aqui que juntamente com a Professora Gracildes Ribeiro (in memorian) constituiu a sua família, formada por quatro filhos, atualmente bem sucedidos e bem projetados na vida, amantes da terra que os pais lhes ensinaram a querer bem desde a mais tenra idade.
Na sua vida pública, defendeu a pátria no seguimento à carreira militar, tendo prestado relevantes seviços a esta terra, zelando pela segurança e bem estar de seus conterrãneos.
Homem de sensatas atitudes e espírito de humildade, descansa em paz para contemplar a face grandiosa de Deus onipotente.

Texto: Cícero Menezes

Brasília hoje.





segunda-feira, 24 de março de 2008

Brasília abrirá a grande festa do Rei do Baião.


A Fundação Vovô Januário presidida por Reginaldo Silva,
abrirá em Brasília amanhã 25 de março,
na Câmara dos Deputados, a exposição itinerante
"GONZAGÃO 60 anos de Baião".
Dia 28, o material seguirá para São Paulo,
onde ficará até primeiro de maio,
fechando a primeira fase com a inauguração
de um busto do Rei do Baião, e a grande festa
do Dia do Trabalhador, em Carapicuíba.










Foto da Semana #11 - Igreja de São José em Quincuncá

Igreja de São José em Quincuncá

Foto: Dr. Cazuza
Data: 01/03/2008
Local: Distrito de Quincuncá, Farias Brito, Ceará

Transborda o Cariús

A enchente do Rio Cariús na manhã de hoje (24/03/08) inundou casas residenciais e comerciais da Rua Manoel Pinheiro de Almeida, em Farias Brito. Agricultores do vale, lamentam perdas na lavoura.


Escola Sossego da Mamãe inundada

Rua Cel. Manoel Pinheiro de Almeida

Rua Otacílio Correia

Praça João Matias

Rio Cariús

Indústria de Cal inundada

Ponte sobre o Rio Cariús

Colaborou: Cícero Menezes

domingo, 23 de março de 2008

Homenagem ao Poeta Maranhão

Geraldo Moreira de Lacerda, O Poeta Maranhão, nasceu no Sítio Olho D'Água de Santa Bárbara em Nova Olinda-CE. Como Nova Olinda no tempo era distrito de Santana do Cariri, ele não se inibia em dizer que era um santanense de Nova Olinda.
Poeta nato, teve o privilégio de passar a maior parte de sua vida em contato com a natureza e com o homem do campo onde busca inspiração e conhecimentos para escrever suas poesias, que são principalmente relacionadas aos problemas sociais. No entanto, o poeta não dispensou o humor erótico tão bem representado em a Farra na Beira Mar e A fruta que Adão Comeu e de marcos históricos como a Comédia da Maldição e o Régulo do Desterro.
Foi membro fundador da academia dos cordelistas do Crato ao lado de Elói Teles, Luciano Carneiro, Willian Brito, entre outros. Publicou além de inúmeros cordéis, Coisas do Sertão, O Sertão e suas coisas e O Poeta e o Sertão.

Acróstico


Homenagem da Academia dos Cordelistas do Crato:

Poeta de pele grossa
A voz do homem da roça
Teu canto é uma coisa nossa,
altivo na inspiração.
teu canto é meu sentimento,
Inspirado em sofrimento,
Vens cantando o meu lamento,
A dor do meu coração.

Poeta Maranhão


Homenagem de Josenir Lacerda:

Com a ida de Maranhão
ficou triste a poesia
perdeu a mata e o sertão
quem tanto lhes defendia
A passarada canora
saudou a sentida hora
com tristonha melodia.


Por Laice Almeida

Poesia "Felicidade Nordestina "


FELICIDADE NORDESTINA
Antonio Ferreira de Oliveira (Ocires)

Parece coisa de menino
O que acontece no sertão.
É lindo ver o Nordestino,
Esquecer o seu destino,
Quando a água molha o chão.

Saindo da terra
Ou caindo do Céu,
Para ele? " Faz diferença Não. "
O importante é manter sua crença
Na terra que lhe dá o Pão.

Se ajoelha e agradeçe
A Deus, Nossa Senhora,
São João e São José.
Alegre, dá muitos vivas
Prá plantação que tá de Pé.

É belo ver a legumada crescendo
Seus olhos de lágrimas enchendo,
Quando lança o olhar,
Naquele vasto verdão.

Agora não tem tristeza.
Só o Rio, o Riacho e a correnteza
Lavando e banhando a plantação,
Tal qual o oxigênio e as artérias
Que irrigam o seu coração.

A felicidade é geral
E tome festa e festival
A esperança renasceu
E o Sertanejo se esqueceu
de deixar o seu TORRÃO.

Obs. Antonio Ferreira de Oliveira (Ocires)
Nascido em Farias Brito e filho de Antonio Loló

Colaborador: Carlos Airton de Oliveira

sábado, 22 de março de 2008

As 33 moedas que iludiram o Judas.

A Fundação Mestre Elói fez o seu papel,
em levar ao povo a oportunidade de eleger
quem ele achasse que mais o havia traído,
e representasse o verdadeiro Judas no tempo
da modernidade. Se foi escolhido um oportunista
como representante, é porque a sabedoria popular
marcou a sua presença, exercendo o seu direito
de opinar, não importando se a ideologia operante
é de esquerda ou de direita.
O Brasil precisa amadurecer, e aprender que
a liberdade é uma conquista do cidadão,
e não vai ser meia dúzia de donos da verdade,
que vão calar a consciência de um povo.

Ao Assaré, nosso muito obrigado.


Nossas fronteiras sempre estiveram abertas,
para receber os mais importantes talentos.
Famílias inteiras nos deixaram um legado de glória
e de orgulho, bem fincado na alma, e hoje significam
o que de mais expressivo compõem o nosso acervo.
Seu Augusto Moreira, é um exemplo que engrandece
a nossa história
Seus filhos a cada dia nos fazem lembrados, pois as suas
origens são sempre citadas como de Quixará.
Padre David foi um marco importante na educação
do Cariri.
Professor Lapércio depois de nos brindar com a sua
obra, foi expandir fronteiras pelas cercanias do Rio de Janeiro.
Com sua arte musical Monsenhor Ágio, nos abriu as portas
para o mundo com o seu trabalho pioneiro, a provar que
para a descoberta de um talento, é só uma boa vontade
para se dedicar a um projeto, e um tino expressivo
na lapidação de jóias brutas.
Eliezer Moreira o nosso grande amigo e mestre, nos brindou
com sua companhia, sua alegria, sua irreverência,
e um sentimento de igualdade sem tamanho, que nos fazia
apesar da diferença de idade, verdadeiros colegas
de sobrevivência, e de travessuras. Sua obra,
hoje, faz parte do nosso dia-a-dia, e em cada acorde,
é uma pincelada de bons momentos nos nossos instantes
de relaxamento.

Lamentos do Exílio


Acordar cedinho, esticar o pensamento em direção
ao nosso barro querido, e sofrer com uma ponta
de saudade colada no peito, é a coisa mais gostosa
que pode acontecer no coração de um cearense
arretado, que está distante do Cariri.

Hoje quando abri os olhos, e me deparei com uma foto
do meu querido sanfoneiro Aurelino, viajei.
Fui relembrar as presepadas ao lado do grande
companheiro Zé Sidrim, no bate poeira de chão batido,
nas cercanias de Arajara.

O Ceará nos traz tantas maravilhas, que quando
nos tocamos com essa saudade, que para alguns
se chama de banzo, e para nós significa amor profundo,
deixamos muita gente sem entender esse sentimento
estranho dessa terra, que eles só lembram pelas estórias
de pobreza, e de miséria.

Relembrar o galo de campina, a juriti, o preá,
a rolinha fogo apagou, e tantas outras coisas simples,
mais que tem um significado imenso nas nossas lembranças,
realmente é algo deveras estranho para eles,
mais de um sentimento carregado de simbolismo,
para um sertanejo autêntico que só sonha com o retorno.

O caviar pode deixar pra lá, mas a buchada,
vixe.... não quero nem pensar.

Elmano Rodrigues Pinheiro.