terça-feira, 11 de março de 2008

A simplicidade de um mito.

O Rio de Janeiro marcou demais a minha vida.
Vi descortinar diante dos olhos, um mundo novo de sonhos,
de esperanças, e de encantamento.
Fui procurar uma luz, e de repente a claridade
me deixou entorpecido.
Conheci, e convivi com pessoas, que são a memória
viva dessa nação, e que carregavam a simplicidade
dentro da alma, como se fossem as mais simples
criaturas da face da terra.
Quantas e quantas noites, ficava a ouvir de Ismael Silva
as suas memórias, narrando desde quando fundou
a primeira escola de samba, até as parcerias que marcaram
toda sua trajetória, como Noel Rosa, Alcebíades, e Nilton Bastos.
Via Madame Satã, nas suas andanças pelos becos da Lapa,
o cumprimentava, e dele recebia uma atenção e uma
cordialidade, como se fossemos velhos parceiros de malandragem,
e de camaradagem.
No dia-a-dia do centro da cidade, era raro o dia em que não
cruzasse com um Pixinguinha, Ciro Monteiro, Ataulfo Alves
e outros grandes nomes do cenário artístico, e não sentia
nenhuma distância, que me causasse algum tipo de incômodo.
Aprendi a amar o Rio, e cada lembrança surgida, é um
sentimento de quanto é importante encarar a vida de frente,
acreditando na igualdade entre os seres humanos, e sempre
buscando um único objetivo, lutar por um mundo melhor,
e mais justo.

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