quinta-feira, 11 de junho de 2009

Alma de Cupim

       ·         Alma de Cupim

Luiz Domingos de Luna

Adora a existência
Contempla o natural
O espaço sideral
Inteligência da potência

Muda a paisagem
Destrói a natureza
Maltrata a beleza
Em qualquer passagem

Dialética humana
Constrói o artificial
Dizima o natural
Da fumaça que emana

A construção de desertos
Na alma impregnada
Não pode sobrar nada
Em campos abertos

Qualquer jardim
Deve ser venerado
Aplaudido e aclamado
Querendo o seu fim

Luta demente
Não tem beleza
Não tem natureza
Não tem jasmim

Jardim da humanidade
Todos tem direito
Qual foi o defeito
Todos defendiam
Todos aplaudiam
Não tem mais jardim
Não tem mais culpado
O tempo rolado
Num mundo sem fim
Corpo humano
Alma de cupim.

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