sexta-feira, 26 de março de 2010

Júlia Briosa - Rainha altiva do Alto do Cruzeiro.


Algumas pessoas que nasceram especiais para a vida, não vieram de berço de ouro, descendência nobre, ou de famílias tradicionais.
O mundo as trouxe, para que durante a sua trajetória, mostrassem o significado real da existência, e servissem de referência àqueles que se julgam superiores, e verdadeiros guardiões da verdade absoluta.
Um exemplo de dignidade humana sempre me veio aos olhos.
Pessoa simples, humilde, trabalhadora, conhecedora das suas virtudes, e com um senso como ninguém do seu verdadeiro papel na sociedade.
A vida para ela sempre apareceu, como uma impiedosa madrasta. Ceifou seus galhos, impôs humilhações, e lhe deixou à margem da vida, navegando a deriva jogada à sua própria sorte.
Artista ímpar, brilhou na vida como uma estrela, com suas mãos de fada tirando da terra o seu sustento, e a sua arte.
Privada da visão para admirar a beleza da modernidade, vive essa grandiosa figura dentro do seu alto nível de religiosidade, talvez a agradecer a Deus, pela oportunidade de trazer ao mundo, o verdadeiro sentido da negação aos desejos terrenos.
Saravá Mãe Julia Briosa,Rainha altiva do Alto do Cruzeiro, e Líder Espiritual daqueles que tem o pé no chão.

5 comentários:

Prof Cicero Menezes disse...

Parabens ao nosso querido Elmano, por esta matéria tão nobre que exalta um afigura folclórica da nossa terra!

Sibéria disse...

Júlia Briosa "Brilhosa" é uma entidade que fez parte da minha infância e que hoje, adulta, me traz uma lembrança dos primeiros contatos com a arte. Ainda bem que pessoas como você, Elmano, também conseguem enxergar toda a poesia que existe nas mãos e nos sentidos desta artista não só do barro, mas da própria vida. Júlia prova que a sensibilidade e capacidade de enxergar não está limitada apenas aos olhos, tampouco está reservada para os "bem-nascidos". Agora, depois de tantos anos em que sempre enxerguei aquela senhora tão misteriosa quanto estrela, compreendo uma sensação, que na infância, não sabia dar o nome. Eu estava diante de uma verdadeira artista. Parabéns pelo seu texto, mas, parabéns, acima de tudo, para a arte daquela que não se deixou cegar para o belo. Meu nome é Sibéria, sou filha do seu amigo Jesus Soares e D. Fátima, sou professora, moro em Crato e sempre passo por aqui para ver o que acontece no nosso Quixará. A propósito, tenho um blog: www.entrepalavrasecoisas.blogspot.com, no qual, para mim seria uma honra receber meus conterrâneos. Coloco-me também à disposição para contribuir na tessitura deste blog.

Sibéria disse...

Em tempo: onde se lê "(...)a sensibilidade e capacidade de enxergar não está limitada (...) tampouco está reservada(...)", leia-se: a sensibilidade e a capacidade de enxergar não estão limitadas (...) tampouco estão reservadas (...).

elmano rodrigues pinheiro disse...

Cícero e Sibéria
Farias Brito tem essas entidades que nortearam esse amor infinito, que guardamos encravadas dentro da alma.
Quando nos momentos de reflexão faço uma viagem pela minha existência, mergulho profundamente nos valores pescados de alguns seres divinos, que nos deram uma razão de acreditar no ser humano.
O resgate de cada um deles é a única razão para escrevermos uma bonita história, que no fundo é a nossa própria, por tudo de especial que nos legaram.
Comadre Júlia escreveu seu nome com brilho, em todos os contos de louvor, a arte do viver.

sos putarias disse...

nao a conheço mas por sua foto vejo-lhe como um amulher sofredora,humilde,e trabalhadora....