O Blog Farias Brito foi criado para divulgar informações relevantes, atualidades, eventos e registros históricos de interesse dos filhos da terra
domingo, 29 de março de 2009
O que você acha do Blog Farias Brito?
como temos notado que o número de visitas no Blog Farias Brito está crescendo a cada dia, com visitantes de diversas partes do país, gostaríamos de receber uma mensagem de você respondendo a seguinte frase: o que você acha do Blog Farias Brito!?
As melhores frases ganharão destaque no Blog durante um período, juntamente do seu nome e da sua cidade.
Mande agora mesmo sua mensagem para o nosso e-mail: contato [@] blogfariasbrito.com ou deixe sua mensagem nos comentários deste tópico!
Envie sua mensagem e no final o seu nome (com sobrenome), cidade e estado de residência.
Agradeçemos sua colaboração,
Equipe Blog Farias Brito
Bispo de Manaus em Farias Brito
O Pe. Antônio Andreola que reside na Casa Paroquial de N. Sra. das Dores, em Juazeiro do Norte, também compareceu à celebração.
Tanto Dom Sebastião quanto os Padres Antônio Andreola e José Coringa, Vigário Local, foram colegas de Seminário em Fortaleza.
O motivo maior da presença de Dom Sebastião foi de comemorar as Bodas de Prta de Pe. José Coringa ocorrida ano passado.
Grande número de católicos compareceu a Matriz da Imaculada na missa das 19 horas participando da celebração.
sábado, 28 de março de 2009
Saudades
Há! Se o tempo parasse de repente,
E voltasse a ser como era antigamente
Para eu reviver velhas alegrias.
E eu voltasse a ser criança novamente,
E se possível, ser criança eternamente...
E envelhecer na meninice dos meus dias.
Como eu queria ser criança a vida inteira!
Cabelo duro todo sujo de poeira,
Chegar em casa e ouvir, mamãe falar:
-O que tu fez com a tua cabeleira?
-Por ventura faltou água a cachoeira
-Vem cá menino deixa que eu vou te banhar”.
-Traz o sabugo e rapa de juá,
-Este cascão hoje vai ter que limpar.
-Mamãe já sou homem macho.
-Vem logo se não quiser apanhar.
E eu saía, pula pra lá e pra cá,
Até chegar a beirada do riacho.
Chegando lá, mamãe dizia: - entra no rio.
E eu brincava até ficar roxo de frio,
E só saia quando mamãe me chamava.
-Vem cá menino, deixa eu ver o teu ouvido,
-Limpou direito? Coisa que eu duvido.
E com um pano velho me secava.
-Dá a mão filho vamos embora.
E nós saia caminhando estrada afora,
Até chegar a nossa casinha de sapé.
E enquanto mamãe fazia o jantar,
Eu brincava esperando papai chegar
De repente escutava bater o pé.
-Mamãe, mamãe, papai chegou,
-Ele vai pro rio eu também vou.
-Posso ir papai, com o senhor?
-Não filho, papai volta já,
-Fique com a mamãe preparando o jantar,
-Você já banhou.
-Mamãe, mamãe, quero jantar.
-Calma filho, espera o papai chegar,
-Ele já esta vindo.
E de repente ela corria e me abraçava,
Me mordia, me apertava, me beijava,
Eu nem sei, se chorando ou se sorrindo.
Uma aurora bronzeada sobre a terra!
Era o sol se escondendo atrás da serra,
E os pássaros procurando onde pousar.
Enquanto isso eu olhava da janela,
Vendo papai que abria a cancela,
E eu corria para mesa de jantar.
Papai e mamãe sentavam,
E eu subia na cadeira enquanto oravam.
Mamãe fazia nosso prato, depois o dela.
Depois sentávamos na beira da calçada,
Olhando o céu, observando a passarada,
Eu cochilava e dormia no colo dela.
Quando o poeta, nem pensava em ser poeta,
Era apenas uma criança discreta,
Protegido pelo o rei e a rainha,
Hoje, sou mais um entre os corações contritos,
Um poeta que ninguém ler seus escritos,
Revoada de uma única andorinha.
E a criança que pulava alegremente,
Com o pai e a mãe sempre presente,
De saudades hoje o seu coração ferve.
Com os seus pais tão distante e tão ausente,
O poeta é um homem tão carente,
Que se torna uma criança quando escreve.
Se eu pudesse pedir algo ao altíssimo,
E minha voz chegasse ao Senhor justíssimo,
Neste meu dia eu pediria um só presente:
Humildemente em nome de Jesus Cristo,
Este poeta que ninguém ler seus escritos,
Só deseja se criança novamente.
Que saudade, sinto da minha infância,
Do meu tempo de criança,
Eu, papai, mamãe, nós três.
Há! Se o tempo parasse de repente...
E voltasse a ser como era antigamente,
E eu pudesse ser criança outra vez.
Francis Gomes
quinta-feira, 26 de março de 2009
Envio Aquecimento Global
Aurora,26 de março,2009
Sapo Dourado Panamenho
Da floresta americana
Beleza pura que emana
Da natureza em desenho
Amarelo, delgado e pulador.
Afilado, gentil e hospitaleiro.
Cantando no lindo desfiladeiro
Nos bosques um hino de amor
Predador do equilíbrio natural
No habitat rico dos pampas
Desliza no declive das rampas
Numa felicidade sem igual
Dos rios, lagos e florestas.
Vaidoso no passeio matinal
Não vê o aquecimento global
Devorar sua história sua festa
O Fungo espera para atacar
O Planeta deu sinal de alerta
O fungo voa como uma flecha
O Sapo não vai mais cantar
Amarelo é a cor da atenção
Do sapo panamenho dourado
Da existência já foi tirado
Mais um ser em extinção
segunda-feira, 23 de março de 2009
As vezes um porre causa mais que ressaca...
Cleópatra levou um " bolo " que mudou o rumo da história , tudo graças à bebedeira de Marco Antônio. Conheça essa e outras trapalhadas alcoólicas.
As vezes um porre causa mais que ressaca ...
Hic!stórias – os maiores porres da história da humanidade
A invenção da primeira bebida alcoólica ainda é um mistério . Algum gaiato pré-histórico deve ter deixado algumas frutas em um recipiente , natural ou fabricado, e depois de alguns dias , após a sobra ter fermentado, ele , morto de fome , resolveu beber ou comer o pastiche . Percebeu então que , além de matar a fome , foi tomado por uma sensação maravilhosa de leveza e irresponsabilidade . A largada estava dada !
Um trago aqui , outro ali , e os rumos da história começaram a ser alterados.
No lançamento da Panda Books, o escritor Ulisses Tavares conta muitas histórias envolvendo o consumo excessivo de álcool , resultado de muita leitura e pesquisa , mas sempre com um olhar sarcástico e uma linguagem bem-humorada.
Conta que Oxalá estava bêbado quando criou os homens ; que macacos gostavam também de tomar um porre , que passarinhos chegaram a beber a água que acreditávamos que eles nunca beberiam; que Alexandre, o Grande perdeu a guerra contra a garrafa ; que não foi o exército turco quem venceu a Áustria em 1788 e sim a cachaça ; que F. Scott Fitzgerald foi um grande escritor , grande frasista, grande bom-vivant, grande atormentado e grande bebedor; que o fundador do AA, Bill Wilson, parou de beber , mas continuou com os cigarros , as amantes e o LSD; que os guarda-costas de JFK confessaram ter passado a noite anterior ao dia 20 de novembro de 1963, na gandaia , até as 5 horas da manhã e descuidado da segurança do presidente , que mesmo ameaçado de morte pediu que retirassem a capota do carro que desfilaria pelas ruas de Dallas para que os "babacas do Texas" vissem a beleza de Jackie, sua mulher ; que o escritor Jack London não gostava de b eber , mas seu alter ego John Barleycorn bebia pelos dois ; que o FDP Al Neuhart, além de seduzir amigos , enganar inimigos e criar o mais vendido e polêmico jornal dos Estados Unidos, o USA Today, foi um excêntrico bebedor de martínis ; que a McLaren contratou um babá especial para controlar as bebedeiras do corredor finlandês Kimi Raikkonen; e que Edgar Allan Poe quando bebia citava livros e autores que nunca existiram, inventava citações em idiomas incompreensíveis e, mais grave , acreditava em suas próprias mentiras .
E ainda vai conhecer curiosos campeonatos e tradições , como na cidade de São Cristovão, no interior de Sergipe, onde havia um torneio para ver quem bebia mais . Foi provado que oito garrafas de cachaça era o máximo que o competidor conseguiria beber . Infelizmente , nos últimos quinze anos os vencedores não receberam o prêmio porque a maioria entrou em coma alcoólica e morreu.
Leia sem moderação
Sobre o autor :
Ulisses Tavares tem 106 livros publicados para crianças , jovens e adultos , em diversos gêneros e assuntos . Apenas em poesia , já vendeu mais de oito milhões de exemplares . É também jornalista , dramaturgo , compositor , roteirista de televisão , publicitário , professor de pós-graduação e historiador heterodoxo . De bêbado público a alcoólico anônimo , pesquisa aquilo que duas doses acima do normal podem fazer na história da humanidade .
O autor está disponível para entrevistas
Informações adicionais :
Hic!stórias – os maiores porres da história da humanidade
Capa: supremo 250 g
Nº de páginas: 272
Autor: Ulisses Tavares
Acabamento: Laminado brilhante
ISBN: 978-85-88948-96-9
Editora: Panda Books
Papel: off set 75 g
CB: 9788588948969
Assunto: historia/ humor / bebida
Formato: 14 x 21 cm
Preço: 35,90
Peso: 0,324
Sinopse: Desde a pré-história o homem é chegado em uma bebidinha. E como não poderia ser diferente , desde então ele toma porres , daqueles que mudam o rumo das coisas . Neste livro , o jornalista Beto Xavier mostra o resultado de sua pesquisa histórica , com os porres de grandes personalidades da humanidade .
Para receber seu livro autografado pelo Correio,
visite o site do Autor:
www.ulissestavares.com.br
sábado, 21 de março de 2009
22 de março: Dia mundial da água o que comemora?
Instituído pela ONU deste 1992, o dia 22 de março tem sido dedicado desde então, como o 'dia mundial da água'. Razão pela qual este domingo, se reveste de um colorido especial. De um lado pela importante alusão comemorativa, por outro, pela feliz tentativa em despertar na sociedade de todo o mundo, a atenção necessária para a problemática que ora aflige a humanidade inteira.
O 22 de março é indubitavelmente uma data das mais relevantes para a tomada de uma nova consciência ecológica a partir das discussões que o tema poderá fomentar nas pessoas; independente de cor, religião ou classe social. Por que o que está em jogo é a própria sobrevivência dos seres vivos. A água como símbolo maior da vida precisa ser de fato encarada como uma questão de vida ou morte.
Da forma como a humanidade trata a sua água, residirá a chave para o futuro, não apenas da espécie humana, como também de todas as diferentes formas de vida biológica que habita a nossa biosfera. O tema deste ano dará ênfase especial ao compartilhamento das águas entre as nações. De tal sorte que hoje a própria paz internacional dependerá e muito, da presença da água nas suas relações. Com 2/3 da terra formada por água parece impensável imaginar que vivenciamos uma crise da água. Mas, o fato é que 97% dela estão nos oceanos, portanto salgada. 1,75% compõem as geleiras, 1,24% compõe os rios subterrâneos e apenas(pasmem) 0,007% desse total está disponível para o consumo humano. Sem nunca esquecer as enxurradas dos esgotos despejados sob a forma de lixo e outros poluídos industriais nos rios, lagos e mares. Como se vê precisamos cuidar melhor da água que nos resta. A situação é deveras, periclitante...
Há quem vá mundo mais além no seu nível de importância vital, como sendo fundamental até mesmo para outros lócus universais. E como sendo o bem mais preciso do globo, a água é motivo também de sérias preocupações, provocando por seu turno, intensos debates em diferentes nações, através dos organismos internacionais ligados ou não as discussões da biodiversidade e dos recursos naturais.
Tida no passado como um recurso natural inesgotável e, absolutamente renovável, a água vem sofrendo ao longo da história humana uma série interminável de agressões que vai desde o mero desperdício até os mais graves tipos de poluição. A cultura do descaso em relação à água é portanto por demais extensa e ao que tudo indica a evolução do conhecimento científico-tecnológico, assim como do próprio gênero humano parece não ter contribuído muito para a formação de uma nova consciência crítica e popular em relação ao tema. Dai a razão de todo este descaso.
Há uma espécie de despreparo e leniência até mesmo dos governos e das instituições de ensino para trabalhar a questão da água junto à sociedade. Noções elementares para uma boa convivência com água são desprezadas cotidianamente. Uma onda de imensa ignorância parece rondar o cotidiano das pessoas. Para onde quer que se olhe sempre é possível encontrar uma ação predatória, agressiva, errônea, inadequada no tocante a este divinal recurso natural.
A péssima maneira com que nos relacionamos com a água é uma demonstração evidente da nossa pequenez evolutiva, do ponto de vista da nossa consciência ecológica. Não há mais tempo para ilações abstratas acerca do perigo que começa a rondar a nossa única casa(o planeta). Ou mudamos nosso modo de nos relacionar com a natureza ou teremos daqui a pouco, que pagar um alto preço pela nossa teimosia e ignorância(se já não estamos pagando). A água que constitui a base da vida de todas as espécies planetárias sua preservação portanto é uma necessidade imperiosa que não aceita mais delongas.
Chegamos ao limite das agressões aos recursos naturais... Nossa destruição total não é mais uma possibilidade absurda, extravagante: é uma realidade possível. Como dissera – uma verdade inconveniente. Ninguém em qualquer parte do planeta está imune de sofrer as duras conseqüências da maldade que acumulamos pela história afora contra a natureza sua flora e sua fauna.
Neste domingo, 22 de março, é preciso que todos os seres humanos reflitam seriamente sobre aquilo que cada um tem feito pela mãe-natureza. Ela que nos deu tudo. E o que na verdade fizemos em termo de retribuição? Uma reflexão que deveria a partir de então, valer pelo ano todo, pela vida toda. Pelo futuro que haveremos de deixar para nossos filhos, netos assim como pelos animais que também são os nossos irmãos de caminhada.
Que a água depois de ter nos dado a vida, que nos liberte agora dos grilhões da nossa própria ignorância e teimosia. Para uma vida em harmonia, holística de convivência e desenvolvimento sustentável com base na ética na tolerância e no respeitos aos recursos naturais como um todo.
Viva a água viva! Porque a água representa o mundo e a nossa própria vida ambiental.
Por José Cícero
Secretario de Cultura, Turismo e Desporto
Aurora – CE.
Artigo publicado no Blog...
Para Editores do Blog Farias Brito, Yuri Lacerda e Taciano Pinheiro
Gostaria de parabenizar o Blog Farias Brito, o blog que está na crista da onda da integração do cariri- Globalização -e agradecer aos editores Yuri Lacerda e Taciano Pinheiro e comunicar a todo povo de Farias Brito que o artigo "Ética , pelo menos para as criancinhas" está sendo lido hoje pelo povo cearense numa publicação no jornal "O povo", porém, graças a garra e tenacidade de Yuri Lacerda e Taciano Pinherio, o povo de Farias Brito já, havia lido e avaliado a potencialidade literária do artigo. Graças ao espirito de vangardistas dos seus determinados filhos (Yuri Lacerda e Taciano Pinheiro) em informar bem a Farias Brito.
Fonte:http://www.opovo.com.br/opovo/jornaldoleitor/863588.html#
Luiz Domingos
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Resposta ao e-mail:
Luiz Domingos,
nós agradecemos a enorme colaboração que estais ofertando para o Blog Farias Brito. Com certeza é muito importante termos pessoas engajadas nesse trabalho, como você, nos apoiando e colaborando com o Blog. Só assim, conseguimos manter viva este trabalho (voluntário), que orgulhosamente é um dos veículos de comunicação mais importante do município de Farias Brito e que hoje ocupa um lugar de destaque também na mídia Sul-Cearense.
Graças aos vários colaboradores que temos, conseguimos manter vivo este veículo que: ajuda aos filhos de Farias Brito que vivem em lugares distantes "matar" um pouquinho da saudade de casa; fazer com pessoas que tinham perdido o contato com a família; e, principalmente, manter viva essa cultura tão rica de nossa querida região.
O nosso muito obrigado pelo seu trabalho! Você que com certeza já faz parte dessa família que é o blog. Manter um trabalho desse com certeza é muito díficil, principalmente nesse mundo que vivemos, com um sistema que sufoca a todos.
Um forte abraço,
Yuri Lacerda
Editor do Blog Farias Brito
Planeta que chora
Diante do descaso com o meio ambiente, e por extensão para com o planeta terra, onde o poder de consumo dos seres humanos está acima da lógica existencial, “O homem como o grande construtor de desertos” e já disponível em literatura todo um “alertai” sobre as conseqüências desta agressão gratuita a biosfera, é que, disponibilizo o poema Planeta que Chora, para que, quem sabe? Esta forma de grito em defesa do meio ambiente possa ecoar nos mais diferentes recantos da bola, no momento azulada, mas que em breves dias ficará da cor agressão - poeira” marrom”, Praza Deus que, caro leitor, esta simples mensagem possa ser uma gota de otimismo no oceano da humanidade e um grão de areia no novo edifico que teremos que construir para a nossa sobrevivência, a consciência de que ainda não temos um novo planeta para destruir e/ ou / preservar o velho habitat terrestre ou seremos expulsos, pois a natureza, não dá saltos, nem nós humanos podemos, saltar para trás.
PLANETA QUE CHORA
LUIZ DOMINGOS DE LUNA
Reflito sobre a vida
sobre o mundo rotativo
do universo exuberante
da beleza do ser pensante
do mundo mágico criativo
É o solo, é a existência roída
de um planeta que chora, exaurido.
De uma fumaça de gás cumprimido
De um berço que faz sentido.
De uma paisagem destruida
que teimo em desfrutar
a reta um ponto vai ficar
o fim, o começo a externar
O espaço a gritar
O ambiente somente?
A água ?
A selva?
O mar ?
E nós humanos ?
O planeta chora
A inteligência ignora?
Onde iremos morar?
Sem terra, sem piso, sem ar
sem fogo, sem água, sem mar?
Por que a poluição ?
O farelo da destruição
O lixo cultural ?
O rio é um esgoto
O mar está morto
O ar é aborto
de quem quer abortar,
assim, volto ao pó
não tem reciclagem
é uma viagem,
mas viajo só?
Por Luiz Domingos de Luna
Audiência pública no Congresso Nacional para debater o escândalo da TV Diário
Por solicitação do deputado federal José Airton Cirilo (PT - 13), deverá acontecer uma audiência pública na Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática, em Brasília. Em seu requerimento, o parlamentar quer a presença de representantes da TV Diário, Ministério das Comunicações e Rede Globo para dar esclarecimentos.
Não custa nada saber a elucidação do golpe em cima dos funcionários, anunciantes e telespectadores da emissora cearense. Ache bom ou ache ruim, o deputado vai ficar bem na fita do Nordeste, é isto!
sexta-feira, 20 de março de 2009
Música atual, nossa cultura em pleno caos
Porém, diante do atual quadro de descalabro em que se encontra o movimento cultural brasileiro e em especial, da rica musicalidade regional, tudo o mais inspira preocupação e cuidados. Há, por assim dizer, um claro e vergonhoso estado de calamidade a se abater por sobre a nossa música popular, notadamente a de raiz. Aquela que por sinal, mais nos identificava com a nossa cultura cotidiana, história e outras manifestações significativas do nosso imaginário. A música diante deste absoluto caldo de contradições culturais representa apenas a ponta do iceberg. A crise de talento e de idéias também 'infecciona' diversos outros estratos do fazer cultural brasileiro, sobretudo pela inexistência de uma política de governo mais agressiva, menos excludente e que também priorizasse o ambienta da escola e da periferia.
Este descuido vai aos poucos se generalizando, ferindo de morte diversos outros setores da nossa máquina cultural. Isso porque, quando a sociedade se acultura todo o resto desmorona, fragiliza, corre perigo. Para quem acredita ser a cultura a verdadeira identidade de um povo; do jeito que vamos(anestesiados pela indiferença)daqui a pouco não teremos quase mais nada para defender e se preocupar.
É preciso conter todo este processo de substituição sistemática das nossas expressividades culturais. Por uma cultura alienígena, que não é nossa. Descomprometida com o belo e padronizada ante um modismo imbecil que só idiotiza nossa gente, especialmente a nossa bela juventude.
Vivemos assim uma realidade digna de envergonhar qualquer nação do globo que preze de verdade a sua identidade. O que estão fazendo com a nossa cultura musical (tradicional-regional) é um atentado contra a nossa inteligência. Um crime de lesa pátria para o qual todo brasileiro deveria se rebelar enquanto há tempo. Um verdadeiro estupro cultural, algo inaceitável para uma nação que se diz pronta para ocupar uma posição hegemônica na América Latina, bem como no além-fronteira. Cuidar bem da cultura é cuidar com carinho do presente e do futuro.
Uma nação que não valoriza e nem preserva a sua cultura não tem nenhuma perspectiva de futuro grandioso.
Qualquer estrangeiro que vier ao Brasil, logo pensará que a nossa música é essa que toca no rádio, nos domicílios, nos clubes, nas praças e na TV. Quase tudo o que se ouve, se curte e dança pelo país afora no momento atual constitui-se num lixo, para não dizer outro nome. Qualquer coisa, menos música... Coisa do tipo: Pagode rasteiro, sertanejo choradeira e algo ainda pior: uma praga a se espalhar pelo Nordeste inteiro e por quase todos os quadrantes do Brasil: forró descartável, descaracterizado, que de forró mesmo não tem nada.
O que as emissoras brasileiras estão fazendo(com rara exceção) é um típico "arrastão" anticultural. Uma conspiração em desfavor da nossa história musical que compromete seriamente todo o nosso velho sonho de futuro.
O que ora se toca nas nossas rádios é péssimo. Nada condizente com o potencial que possuimos nesta área. Como se deliberadamente subestimassem a inteligência, assim como a paciência da nação verde-amarela. As "bandas" de forró como são chamadas, descaracterizam nossa música e até o próprio mercado fonográfico. A pobreza é tanta, que os próprios nomes destas "bandas" pecam mortalmente até na formulação dos seus títulos. Mais um atentado à gramática, a língua portuguesa, as idéias, a poesia, enfim ao bom trato dos vocábulos poéticos. As letras de tais composições são sofríveis. Puro mal-gosto. Pura pobreza, desnudando às nossas vistas, toda a miséria da nossa música miserável. Uma droga que só entorpece, deseduca e agride tanto a ética quanto a moral da nossa sociedade, diante de um típico show de besteirol. Inclusive pela baixaria que também se expressa na obscenidade, palavras chulas, imorais, de baixo calão. Um desserviço prestado a juventude e a nação e ainda por cima cobram por isso.
Penso que a música como um patrimônio do Brasil devia ser bem mais protegida, sobretudo pelo poder público. E não me digam que a culpa é do nosso povo. Porque isso não é verdade. O povo não tem culpa da educação que não recebe. O povo só pode gostar daquilo que conhece e lhe oferece. E o que estão fazendo com nossa gente é uma verdadeira lavagem cerebral. Por que será que os europeus, os alemães, por exemplo, adoram tanto a música erudita? Ora, simples. Lá a música começa como uma disciplina escolar. As emissoras(de rádio e TV) primam pela qualidade, do contrário perdem a audiência e até a concessão pública para operar.
Convenhamos: aqui no Brasil se querem continuar nos oferecendo o que não presta, pelos menos permitam que as pessoas possam também ter o direito de experimentar o outro lado da moeda(ou do disco?) – ou seja, a música de qualidade e de raiz. Não deixem que a nossa fantástica MPB morra pela nossa passividade e indiferença.
Presumo que até Deus seja também uma energia musical. Viva a MPB! Abaixo o estelionato musical.
Por: José Cícero
Aurora – CE
quarta-feira, 18 de março de 2009
Gero Camilo concede entrevista aberta e atua em espetáculo no III Festival BNB das Artes Cênicas
FORTALEZA, 18.03.2009 - Um dos intérpretes e autores expoentes do teatro e cinema contemporâneos, o ator, dramaturgo e diretor teatral Gero Camilo descreverá sua trajetória artística e compartilhará sua história de vida, em entrevista aberta ao público, dentro do programa Nomes do Nordeste, na próxima terça-feira, 24, às 19 horas. Gero Camilo atuou em filmes como "Carandiru", "Cidade de Deus", "Bicho de Sete Cabeças", "Abril Despedaçado" e "Madame Satã", entre outros.
Com entrada franca, a entrevista acontecerá no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - 2º andar - Centro - fone: (85) 3464.3108), dentro da programação do III Festival BNB das Artes Cênicas. O artista cearense radicado em São Paulo será entrevistado pelo jornalista Augusto César Costa e pela platéia presente ao Centro Cultural, que poderá formular perguntas por escrito.
Na quarta-feira, 25, em sessões gratuitas às 15h30 e 19h, também no cineteatro do CCBNB-Fortaleza, Gero Camilo atuará no espetáculo "Cleide, Eló e as Peras", com texto de sua autoria, ao lado da atriz Paula Cohen e sob a direção de Gustavo Machado. A peça integra a programação do III Festival BNB das Artes Cênicas. No dia seguinte (quinta-feira, 26), às 19h, o espetáculo será encenado no CCBNB-Cariri, em Juazeiro do Norte, no sul do Ceará. As duas apresentações da peça no Festival contam com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
"Cleide, Eló e as Peras" é uma peça que grita de amor. Que abre trilhas nos caminhos vagabundos do coração e derrama insanidades decorrentes de qualquer paixão. É para falar da carne e da alma, que um vigia conta a sua história de embriaguez. Ali do lado, ou em um lugar qualquer, uma mulher rasga o peito de seu amado porque precisa tê-lo, porque precisa... Este espetáculo fala de gente. Da gente e das aventuras libertárias e perigosas que os encontros nos proporcionam. Texto: Gero Camilo. Atuação: Gero Camilo e Paula Cohen. Direção: Gustavo Machado. Classificação Indicativa: 14 anos. Duração: 70min.
História de vida e trajetória artística
Gero Camilo é o nome artístico de Paulo Rogério da Silva (Fortaleza CE 1970). Dramaturgo e ator. Um dos autores mais promissores dos primeiros anos de 2000. Escreve para dar vazão a seu trabalho de intérprete. Encontra a base de sua produção teatral no lirismo que procura extrair das lembranças da infância no Nordeste, confrontadas com a dureza da cidade grande.
Nas suas próprias palavras, é nítida a orientação de seu trabalho tanto de dramaturgo como de ator: "Sou desavergonhadamente poeta. Acho que todo intérprete está à mercê da poesia. Minha vontade é sempre trazer a poesia para este tempo. A poesia é a mãe de todas as artes". De fato, as primeiras encenações de suas obras para o teatro revelam um tom marcadamente lírico, cujo resultado positivo ante o público e a crítica se dá rapidamente.
Como militante da Teologia da Libertação, inicia-se, em seu Estado natal, no teatro amador, com objetivos didáticos. Aos 19 anos, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza, cursa princípios básicos de teatro. Vai para São Paulo, onde ingressa na Escola de Arte Dramática (EAD), em 1994. Nesse período, integra o elenco de montagens realizadas por alunos, que lhe valem o contato com diretores como: Celso Frateschi, em Aquele que Diz Sim, Aquele que Diz Não, de Bertolt Brecht; Cristiane Paoli-Quito , na improvisação Prelúdico para Clowns e Guitarra; e José Rubens Siqueira, em Tartufo, ou O Impostor. Forma-se em 1998.
No processo seletivo da EAD, manifesta vocação dramatúrgica, apresentando sua primeira peça, o monólogo A Procissão, escrita em julho de 1993 e encenada em 1998, com direção e interpretação do próprio Gero. Trata da luta de romeiros pela sobrevivência no sertão, narrada pela personagem Zé, em meio a um cenário composto por lampiões, cruzes e velas.
A proximidade com a platéia, à qual a personagem se dirige diretamente, e a sonoridade do espetáculo, rendem sugestões que tiveram boa acolhida pelo crítico Sérgio Salvia Coelho, no Festival Internacional de São José do Rio Preto, São Paulo, em 2004: "Com um ritmo sereno, cheio de silêncios perfumados pelos sons do sertão, executados pelas músicas-cantoras com precisão e malícia, compartilha nessa vigília momentos inesquecíveis. (...) A elegância despojada dos figurinos, o capricho ingênuo dos adereços e instrumentos que formam um altar nessa capela improvisada, mas que bastam para consagrar o ritual, são estojos de veludo para contos instantâneos como o desse menino que fez todos rirem ao pedir dinheiro se dizendo anjo".
Ainda em 2004, Aldeotas <javascript:void(0);> , dirigido por Cristiane Paoli-Quito, confirma a sensibilidade do autor e rende à diretora o Prêmio Shell. Trata-se da história de um poeta, Levi, que envia ao melhor amigo de infância, Elias, na véspera de seu reencontro depois de muitos anos, uma peça de teatro que rememora causos e casos compartilhados por eles.
No mesmo ano, Ivan Andrade e o próprio dramaturgo dirigem Entreatos, composto inicialmente por duas e depois por três peças que abordam temas cotidianos e que são extraídas de seu livro A Macaúba da Terra, de 2002, que apresenta também contos, além de peças curtas. Em Café com Torradas, um homem está com uma senha numa fila de espera e interage com o público; Quem Dará o Veredicto? conta a aflição de uma telefonista que não suporta mais sua rotina e decide não sair mais de casa; em Um Quatro Cinco, há um encontro marcado pelo disque-amizade.
A sua publicação independente, A Macaúba da Terra, já tinha rendido em 2003 a montagem As Bastianas pela Companhia São Jorge de Variedades, com direção de Luís Mármora, baseada nos contos do livro.
Cleide, Eló e as Pêras, dirigido por Gustavo Machado, em 2006, constitui-se de mais três textos do mesmo A Macaúba da Terra. Nas duas primeiras partes, as declarações de amor do vigia Ernesto por Cleide e de Isadora por um homem chamado Eló; na última, o encontro de Ernesto e Isadora. Mais uma vez, há o despojamento do cenário e a dramatização centrada nos atores, características que a dramaturgia de Gero Camilo demanda.
Sérgio Salvia Coelho, mais uma vez, não economiza os elogios ao dramaturgo e intérprete ao escrever sobre o espetáculo: "assim é Gero Camilo: palmo e meio de gente, a humildade nordestina sorridente, até ele pôr a gente no bolso. Solar, enorme de escutar os outros, e sabendo contar o que ouviu. (...) na primeira cena, quando Gero entra e canta, contra a cidade por trás das vidraças, o coração da platéia se abre como na casa de amigos, e nada nos falta mais".
Gero Camilo dedica-se também ao cinema, chamando a atenção em Carandiru, 2003, de Hector Babenco, e à música, como compositor e cantor.
ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
* Gero Camilo - (11) 9676.2331 / 8454.2775 / 3641.6471 (falar com Helena Weyne ou Luiza Brasca) - macaubaproducoesartisticas@hotmail.com; em Fortaleza, Gero Camilo ficará hospedado no Hotel Luzeiros (av. Beira-Mar, 2600 - Meireles - fone: (85) 4006.8585), a partir da tarde da próxima segunda-feira, 23.
* Carolina Teixeira (coordenadora do III Festival BNB das Artes Cênicas) - (85) 3464.3178 / 9629.1777 - carolinatr@bnb.gov.br
* Ricardo Pinto (gerente do CCBNB-Fortaleza, em exercício) - (85) 3464.3111 - yuca@bnb.gov.br
* Jacqueline Medeiros (gerente do CCBNB-Cariri, em exercício) - (88) 3512.2855 / (85) 8851.5548 - jacquerlm@bnb.gov.br
* Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) - (85) 3464.3196 / 8736.9232 - lucianoms@bnb.gov.br
No Cariri o petróleo agora é nosso
Região do Cariri: Agora sim o petróleo é nosso!
A velha expressão "O petróleo é nosso" que noutros tempos encarnou o próprio sentimento de resistência popular contra o estado ditatorial de exceção, parece se renovar agora, não mais como uma bandeira de luta política simplesmente como no passado. Porém como uma nova empreitada em favor de um Brasil soberano e independente e, que necessita se firmar de vez, perante o mundo expulsando o fantasma do imperialismo mundial político, econômico e financeiro.
Como há muito se desconfiava, o Brasil ao contrário do que nos diziam os americanos, tem sim um potencial petrolífero a ser explorado e com grandes possibilidades de sucesso. Desde a sua costa litorânea, a Amazônia e o interior do Nordeste o país do Lula apresenta por assim dizer, um filão de ouro, que logo irá superar a própria Venezuela(com a data vênia do bravo Hugo Chávez), sobretudo pela nossa dimensão geográfica. Uma realidade que a partir de então, irá incomodar e muito, os intentos políticos e expansionistas da nação ianque.
Fica portanto, cada vez mais claro que a intenção do projeto de privatização engendrado pelo chamado consenso de Washington durante o governo de FHC era, igualmente, uma atitude deliberada de enfraquecimento das nossas empresas estratégicas como a CSN, Vale do Rio Doce, o sistema ferroviário e, principalmente, a Petrobrás. Uma política intencional de comprometimento ainda maior da nossa própria estrutura econômica e produtiva - os pilares da nossa soberania. A autosuficiência do Brasil neste campo assusta deverasmente, os caciques do capitalismo mundial.
Um dos principais fomentadores de estados bélicos pelo mundo afora, tem sido o desejo insano das grandes potencias(leia-se EUA) pelo domínio do petróleo existente nas diversas nações do planeta. O petróleo é, por conseguinte, um presente do passado para o futuro das nossas gerações. Por isso precisamos defendê-lo com unhas e dentes. O povo caririense que o diga...
A perspectiva da exploração petrolífera na região do Cariri é por demais animadora em todos os sentidos que se possa imaginar. Com a tecnologia que temos por intermédio da Petrobrás poderemos, através de prospecções profundas no pré-sal da nossa geologia extrair a riqueza necessária para a redenção dos irmãos sertanejos e quem sabe, a verdadeira independência do Brasil do julgo internacional.
Uma feliz desconfiança que vem se arrastando desde os anos quarenta quando se ventilou a priori a possibilidade de se encontrar o "ouro negro" na região de Patativa. Desde a chapada do Araripe até o sertão paraibano. Como os americanos de Obama irão engolir mais essa. Já não bastava a incômoda liderança do Brasil na tecnologia dos biocombustíveis e na exploração de águas profundas?
O petróleo nunca foi tão nosso como deverá ser a partir de agora. Para tanto, é preciso o engajamento de toda a sociedade caririense, além dos demais segmentos sócio-político, civil, empresarial e acadêmico, numa corrente que obrigue a velha elite a não mais nos ludibriar com mais uma falácia histórica.
O solo do Cariri que já produziu tantas riquezas e talentos para o Ceará, o Brasil e o mundo nos oferece agora mais uma dádiva para que possamos enfrentar o futuro com mais altivez. Cabe a nós lutar por isso sem demora... Sem no entanto perder de vista a necessária visão de progresso sempre aliada a sustentabilidade ambiental.
O município de Aurora, por exemplo, precisa, também, entrar nesta linha de frente da prospecção mineradora e petrolífera. Quem sabe, a partir das célebres minas das Serras do Coxá, Diamante e Morro Dourado que no passado foram motivos de disputa, envolvendo o padre Cícero, Floro Bartolomeu, Conde Van de Brule e potentados regionais. Como se vê foi preciso numa época muito mais difícil, uma a visão aguçada de um homem que esteve além do seu tempo e dos que o cercavam - o padre Cícero. Ele, que quase sozinho mobilizou toda uma região, malgrado as incompreensões de toda sorte; produzindo e exportando, (pasmem) a própria matéria prima da borracha; extraída de uma planta nativa da caatinga sertaneja - a Maniçoba.
Com este recurso natural de primeira linha(que é o petróleo) o Cariri recuperará o tempo perdido, galgando assim uma nova posição de destaque no cenário político e econômico do Ceará, do Nordeste e do Brasil. Nem que para isso tenhamos que nos rendar a capacidade de luta e o empenho de políticos da capital com uma visão estratégica e combativa em favor do povo cearense em geral, como o fazem o senador Inácio Arruda e o deputado Chico Lopes.
Valeu camaradas! O Ceará e o Cariri confiantes lhes agradecem de punho cerrado, alegria no rosto e o coração à flor da pele.
O sertão vai virar mar para que a profecia possa enfim, ser cumprida. Quem sabe um mar de bonança para os que sempre acreditaram na sua capacidade de resistir bravamente às agruras do clima e a insensibilidade dos homens.
O petróleo do Cariri é Nosso!! Hoje muito mais do que ontem.
Por: José Cícero
terça-feira, 17 de março de 2009
Cultura Sertaneja, oprimida e abandonada
Cantada e decantada em verso em prosa, nutrida e destilada como a arte pura da criação do sertanejo, comparada ao paraíso perdido, o jardim do Éden, á Canaã, a terra de leite e mel, a pureza performática de uma rosa, é assim que é tratada na literatura, na história, na vida, seja no plano racional ou emocional, mas esta pobre e amarelada cultura não passa de uma substituição do pleno pelo não pleno, do básico pelo não básico, do total pelo não total, do ideal pelo não ideal, do todo pela parte senão vejamos:
A geladeira - um pote pingador, Uma cama confortável - uma rede de tear, um almoço digno - um prato de angu, um automóvel - a cangalha de um jumento coiceiro, uma empresa - um tabuleiro improdutivo, uma caneta - uma enxada de três libras, um vigilante - uma cadela cheia de carrapato, um ar condicionado - um abano, um fogão a gás - um fogão de lenha, um rádio - uma gaiola de canário, o telefone - os fogos de artifício, a praia - um açude lamacento, o elevador - um pé de coqueiro, a sauna - é o próprio trabalho. A murada da mansão - uma cerca de faxina, a mansão - Uma tapera de barro cru, o caviar - é ova de curimatã, uma maleta 007 - é saco de nó cego, o avião - é uma pipa voadora, a prancha de surfe - é o couro seco de carregar capim, o teclado - é um pé de pode, o carnaval - é um adjunto de trabalho, Uma missa de gala - é uma novena, uma marcha nupcial -é o miseré, o escritório -é o alertai, o relógio - é um galo gogento no terreiro, ou o jumento, durante o dia, um concerto musical – uma ópera de penitentes ///mas ainda bem que a televisão é a própria televisão e a novela é a própria novela, ainda bem, , pois para quem saiu do sertão nada mais gratificante do que incentivar, louvar e viver as reminiscências do sertão, mas para que não saiu nada melhor do que ver o modo de vida dos egressos sertanejos pela televisão e adeus Sordade!!!.
Luiz Domingos de Luna Luiz
http://www.livrodigitalartigosdeluizdomingos.blogspot.com/
falcaodouradoarte@hotmail.com
Aurora-CE
A Bomba quimica de indução alimentar aos adolescentes
A Bomba Química de indução alimentar aos adolescentes
Com o advento do crescimento do capitalismo direcionador com marketing agressivo, toda sorte de mazelas, vem assolando o já frágil convívio do tecido social planetário. Pois à medida que cresce a tecnologia, diminui o campo de trabalho, obrigando os seres humanos a ter uma vida ao ritmo das máquinas, isto vem trazendo inúmeros prejuízos para a convivência dos seres humanos. A adaptação desta selvageria da modernidade e da concentração de renda, pois, senão: vejamos as pessoas hoje em dia não podem escolher o seu cardápio, ou ter um momento para as refeições. Na falta disto, vão se alimentar nas grandes cadeias Capitalistas de distribuição de alimentos que oferecem às pressas, -refrigerante com hamburguer- feitos tudo a base de gordura saturada e colesterol, além da alta taxa de glicose, razão esta, de está a cada dia aumentando em forma de progressão geométrica os casos de crianças com problemas cardíacos, diabetes, e outras mazelas como o stress, depressão e outros. Os seres humanos não são máquinas, não podem responder o interesse dos grandes mercados de capitais com subserviência, como a pressa, como a falta de horário para alimentação. Estamos entupindo nosso organismo de colesterol, triglicérides e glicose. Iremos pagar um preço alto pela ingestão de alimentos degradadores de nosso próprio organismo, bem como, iremos criar uma geração de obesos, porque não dizer de crianças obesas, stress, depressão. Tudo isto para nutrir a ganância de um marketing agressivo e bem aparelhado, sem a devida preocupação com a qualidade alimentar, na visão somente do lucro rápido, passando por cima da saúde de nossas crianças e nossos jovens, com alimentos que são verdadeiras bombas químicas alimentares, a curto e em longo prazo.
Luiz Domingos de Luna Luiz
http://www.livrodigitalartigosdeluizdomingos.blogspot.com/
falcaodouradoarte@hotmail.com
Aurora-CE
A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA.
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor
.O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.
{ Zé Piaba }
segunda-feira, 16 de março de 2009
O ARCEBISPO DA INQUISIÇÃO
O Recife (PE) - Todo o mundo soube que Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo de Olinda e Recife, excomungou os médicos que praticaram um aborto em uma criança de nove anos. Mas quase ninguém soube que o aborto não se fez onde a menina estivera internada, no IMIP, porque o arcebispo ameaçou romper o contrato que esse hospital mantém com a Santa Casa. De fato e de direito, para evitar a santa ira, os médicos cumpriram com o dever na Maternidade da Encruzilhada, em outra terra e contrato. E mais não se disse, porque na notícia é comum a expulsão da história. Vê-se o fato – e peço perdão por não resistir à tentação do trocadilho – vê-se o feto, mas se esquecem os antecedentes. O arcebispo que ganhou o mundo há muito anunciou os seus sinais, quando assumiu a direção das almas católicas em Olinda e no Recife. Pois Dom José Cardoso tem uma sombra. Ela se chama Dom Hélder Câmara. Há correspondências que ajudam a semelhança, que se casam nesse estranho conúbio e associação. A começar pela altura, física. Dom José Cardoso e Dom Hélder Câmara têm ambos a mesma estatura. À vista desarmada, dir-se-ia que os dois medem os mesmos 1 metro e 58, se muito. Ambos são nordestinos, Hélder, do Ceará, José, de Pernambuco. Ambos se encontraram na Arquidiocese de Olinda e Recife. Mas aqui terminam as semelhanças. Nas diferenças, bem mais cresce a sombra que o ser atual na Arquidiocese. O vigor da sombra Dom Hélder Câmara é de tal monta que mais vale esclarecer quem é Dom José Cardoso Sobrinho. Vejamos o que dele dizem as suas ovelhas. Das realizações do atual arcebispo, o jornal Igreja Nova, criado pelo Grupo de Leigos Católicos IGREJA NOVA, denuncia um desmonte implacável da Igreja semeada por Dom Hélder Câmara. Da posse em 15 de julho de 1985 até a condenação sem direito à defesa do padre João Carlos Santana da Costa, expulso da paróquia do bairro de Água Fria, a memória conta inúmeras perseguições e abusos. Em 2001 o Diário de Pernambuco publicou escândalo envolvendo imóveis da arquidiocese: o Dr. Rui João Marques em testamento havia deixado uma casa “para obras caritativas da paróquia” e um apartamento, “para formação de seminaristas verdadeiramente vocacionados”. A arquidiocese tomou conhecimento do legado em 1995, mas não tomou posse, e revendeu os imóveis a terceiros, sem respeitar a vontade do falecido. Os paroquianos se revoltaram, reagiram, colocaram na imprensa, fizeram abaixo-assinado, mas nada conseguiram. O pároco, pressionado pela comunidade, requereu o valor do imóvel, onde pretendia fazer uma casa “para a educação de crianças pobres”, segundo a vontade do morto em testamento. Foi advertido pelo arcebispo, ameaçado de expulsão, a menos que assinasse um documento que havia recebido o dinheiro. Mesmo assim, meses depois foi expulso e saiu teoricamente como “ladrão”. E como melhor lembrou o Jornal Igreja Nova: "Dom José Cardoso, o sucessor de Dom Hélder na Arquidiocese de Olinda e Recife, será lembrado como um senhor bispo, ou um bispo senhor, no sentido do procurador romano, ou como lídimo representante de uma hierarquia gendarme, que executa, com o código de direito canônico na mão, as determinações do poder central. Como alguém que veio com a triste e árdua tarefa de desmontar e desfazer até nos alicerces o modelo de Igreja preconizado pelo Concílio Vaticano II e ensaiado por Dom Hélder". (Jornal Igreja Nova, http://www.igrejanova.jor.br/edabr00.htm) Ou no mesmo jornal, nesta magnífica e santa passagem: "No dia 6 de agosto de 2004, durante a concelebração eucarística de encerramento das festas do padroeiro de Olinda, São Salvador do Mundo, Dom Cardoso enviou recado à Prefeita de Olinda, Luciana: que ela se retirasse da fila da comunhão (que era a que ele distribuía), porque ela pertencia a um partido político ateu (Partido Comunista do Brasil). Ao mesmo tempo, numa atitude covarde, trocou sua fila com a de Dom Fernando Saburido (bispo Auxiliar)". O arcebispo que excomunga médicos é o mesmo que condena, persegue e expulsa padres e freiras desde 1985. Expulsa sem direito à defesa dos condenados e perseguidos. Mas expulsar adultos por delito de consciência não é o mesmo que expulsar fetos. Quem expulsa homens salva o evangelho. Quem expulsa fetos comete um crime. Desde os tempos da Santa Inquisição.
Urariano Mota - Direto da Redação.Publicado em 11/03/2009
domingo, 15 de março de 2009
Aborto. Sim ou nao???
A excomunhão do bispo, por Gerson Schmidt*
É interessante como em muitos episódios violentos e horrendos, quando a Igreja se pronuncia, ela sai como vilã da história, e os principais autores dos erros saem despercebidos, ou ao menos colocados em segundo plano. É o caso da menina de Pernambuco, que há três anos vinha sofrendo violência sexual por parte de seu padrasto, tendo sido por ele estuprada, do que resultou uma gravidez de gêmeos. A mídia parece querer acentuar mais o pronunciamento de excomunhão do bispo dom José Cardoso Sobrinho do que os procedimentos de estupro e de aborto. O bispo não excomungou ninguém, como foi noticiado. Ele apenas esclareceu a doutrina da Igreja. A excomunhão, para o caso do aborto, é automática para todos os que, com ciência e consciência, intervêm no processo abortivo, quer com a cooperação material ou colaboração moral verdadeiramente influente.A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em nota explicativa, repudia veementemente o ato insano de estupro do padrasto e pede a rigorosa apuração dos fatos, que o culpado seja devidamente punido, de acordo com a justiça. E não concordou, evidentemente, com o desfecho final de eliminar a vida de seres humanos indefesos.
Porque a Igreja defende a vida desde a concepção até a sua morte natural, é tachada de retrógrada, fora de época e ultrapassada. A Igreja entende que nem tudo o que é legal ou normal é justo ou moral, como a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. O que pode ser legal pela lei civil pode não ser ético pela lei de Deus, que determina no quinto mandamento: “Não matarás” (Ex. 20,13). O aborto, além de ser uma monstruosidade maior que o estupro, causa um trauma adicional à mulher violentada. A ideia do aborto como alívio para o estupro é uma falsidade que deveria ser banida dos livros de Direito Penal.
O argumento usado pelos abortistas é que a menina-mãe, por causa de sua tenra idade, não poderia levar até o fim a gravidez. Julgou-se o aborto necessário para salvar a vida dela. No caso, a menina não estava prestes a morrer nem o aborto se apresentava como a solução emergente. Uma gravidez como a dela exigiria um acompanhamento adequado. Um fato recente no Peru, de gravidez de uma menina de nove anos, em circunstâncias semelhantes, teve o desfecho do nascimento de um menino com 2,520 quilos e 47 centímetros.
No relativismo, tudo se justifica. Até o mal, a morte de inocentes, se camufla de bem. O absolutismo e as ideologias justificaram a morte de milhares de pessoas que não quiseram aderir a uma ideia política. Os estudiosos do Direito deveriam dizer até onde se pode matar além da legítima defesa. Já se justificou a morte dos “embriões humanos”. O grupo pró-aborto segue sempre procurando brechas na legislação para matar os inocentes sem haver condenação. Falta agora justificar oficialmente esse tipo de assassinato. Diabólico, nisso tudo, é ver o mal como um bem e o bem como um mal.
ZEROHORA.COM
sábado, 14 de março de 2009
Ah, quem me dera ter o trem de Volta!
Quem me dera ter o trem de volta! Quem sabe com o mesmo ufanismo que ele nos proporcionava no passado. Seria como que fizéssemos todos juntos, uma longa viagem no tempo pretérito sentados confortavelmente nas velhas poltronas do "sonho azul" ou até mesmo na dura rusticidade da sua 3ª classe. Viajar no trem do nosso passado era como passear na mais pura miscigenação das nossas raças, espalhadas pelos sertões adentro.
O trem era um grande encontro social. Uma mistura de conceitos e concepções das mais extravagantes e necessárias para a devida compreensão da vida, do mundo e de nós mesmos. O mais alto e mais puro sentimento de se estar no mundo, como bem dissera certa feita o poeta. O trem era para muitos, uma autêntica dádiva de Deus com o desiderato de amenizar as agruras dos homens.
Que me dera ter o trem de volta! Ouvir de novo as batidas do sino na estação nos dizendo que o mesmo não tardava a chegar ou que já estava prestes a partir. O eterno vai-e-vem da máquina de ferro, trazia e levava consigo sempre uma saudade dolente. Tristeza da partida, alegria do retorno carregado de notícias, riquezas, mercadorias e felicidades. A existência do trem oxigenava as nossas vidas com as suas repetitivas idas e vindas. Era ele, por assim dizer, um grande acontecimento social. Um agente da plebe humana sempre a desafiar as nossas monotonias. Um transgressor de toda a calmaria daquele nosso mundo interiorano. Dando amiúde, uma chacoalhada de entusiasmo nos nossos sentimentos capiau e provinciano.
Quem me dera ter o trem de volta! Como se nos fosse um mergulho profundo na memória. Um retorno aos mais belos e ditosos instantes da nossa meninice ingênua e descomprometida com a posteridade. Talvez uma nova chance para que pudéssemos aproveitar a contento, o melhor das coisas que deixamos para trás... Daquela mocidade alegre, embalada pelos ritmos alucinantes do êi, êi, êi da jovem guarda. Tudo o mais reverberando em nós com a mesma emoção juvenil com que participávamos das velhas e saudosos tertúlias ao som das discotecas dos velhos vinis(LP's, compact-disc) e, mais adiante das fitas K-7. Como se de novo estivéssemos todos reunidos no banco da pracinha para ouvir as cornetas da difusora Voz do Cariri com Luiz de França e Juarez de Melo em Missão Velha. Ou nos anos idos da Aurora quando se ouvia com raro prazer a Voz do Uirapuru de Moacir Pinto, a Voz do Araçá de Moacir Leite, bem como a mais recente Voz da Cidade com Luiz Domingos, Nenê Saraiva, Erisvaldo Gonçalves, Argemiro Teodósio e tanto outros que noutros tempos emprestaram sua voz, assim como sua inteligência para formatar a gênese da nossa incipiente comunicação provinciana e paroquial. Uma novidade das mais empolgantes para uma época em que toda e qualquer tecnologia sempre estivera inacessível ao nosso Cariri; que não fosse tão somente, a existência, quase como uma graça, do próprio trem apelidado que fora, com o epíteto dos mais sugestivos para expressar a verdadeira identidade da alma sertaneja – o de Maria Fumaça. Uma novidade com a qual se orgulhava toda uma geração que ontem, muito mais do que hoje, sonhava e ansiava com unhas e dentes, puder mudar o mundo. Uma juventude sonhadora diante de uma realidade diferente quase sempre festiva, menos agressiva e civilizada.
Quem me dera ter o trem de volta! Para que com ele, pudesse me redimir das minhas bobagens ante o meu passado. Reconciliar com todas as minhas primeiras namoradas e os meus velhos amigos de infância, de colégio e de futebol. Ouvir de novo o som apaixonante da discoteca dos parques de diversão: Maia, São Severino entre outros. Afinal foram tantos... Curtir as velhas canções que emocionavam o nosso íntimo, bem como a lambada do malabarista circenses - Aldo Sena, Pinduca, Vieira, Solano... Sintonizar o dial da Educadora, Iracema e Progresso para saber em primeira mão das novidaes e dos grandes sucessos do momento que durariam o ano inteiro.
A música também nos vinha pelo trem. Velhos 'bolachões' embrulhados em papel de presente ou à mostra, para que todos o vissem e constatassem quão belo e maravilhoso era o colorido e as letras garrafais da sua capa sempre com a inscrição "Disco é Cultura". E era mesmo... Que nos diga as poucas e célebres gravadoras como: Continental, Tapecar, RCA Victor, Eldorado,Columbia, CBS, RGE, Emi-Odeon, Phonogram dentre outras. Época de ouro, onde a indústria fonográfica primava pela qualidade e não pelo emburrecimento premeditado da sociedade.
Quem me dera ter de novo o ruído gostoso, outrora quase inaudível da velha radiola de maleta( a pilha) e de madeira postas no canto da sala como um troféu, animando com doces melodias o romantismo de toda uma época sem maiores preocupações.
Esta saudade vai muito além daquilo que a linha férrea pôde hoje nos levar. Esta saudade é o verdadeiro trem do passado nos remetendo ao longe como uma carruagem de fogo, queimando agora a nossa falta de bom-senso e de bom-gosto. Uma fantástica máquina do tempo a la Júlio Verne a nos carregar para o fundo de todo tempo que mais desejamos alcançar.
Quem me dera ter o trem de volta! Para que, de novo menino, pegasse eu, bigu no trem do tempo como dantes. Ou permenecesse de novo em meio a multidão de curiosos parados na pedra da estação à esperar aquele acontecimento cotidiano. A pedra da estação foi naquele tempo o coração das nossas cidades. Local onde a sociedade se fazia de vez, igualitária e sociável sem que para tanto precisasse de nenhuma lei imperativa. O primeiro exemplo prático da chamada democracia do povo. O ponto mais atrativo e visitado da nossa urbe populacional. O vértice de todos os grandes e pequenos acontecimentos de uma época sem muitas novidades. A central do fuxico. O cordão umbilical que nos ligava tanto ao mundo, quanto as notícias e as poucas novidades que nos chegavam da capital.
Na pedra da estação aprendemos a acreditar na lonjura geodésica do mundo e das grandes invenções do além-fronteira. A estrada de ferro era a nossa bússola através da qual(ricos e pobres) podiam enfim se situar no mundo da política, da cultura e na história. A linha de ferro nos levava tanto ao mar quanto ao centro da terra como algo nos ligando diretamente ao sonho de uma vida possível e menos enfadonha. Fazendo-nos assim acreditar na felicidade, não apenas como mera utopia, mas como perspectiva de um futuro de grandes realizações. O mundo, a vida, o coronel, assim como o deputado, o padre, o presidente andavam todos no nosso trem do passado. O desenvolvimento andava de trem. Até mesmo o medo de uma geração inteira viajava nos vagões do nosso trem.
Por tudo isso, diríamos por fim, que o trem era a própria dimensão que as nossas mais alvissareiras concepções ingênuas e futuristas davam a ele.
A pedra da estação era o nosso sonho de consumo mais imediato. O ponto central e nevrálgico da nossa paz sempre infinita. O momento alto das nossas paqueras. Espaço livre para os desejos incontidos, beijos, abraços, acenos de adeus, sussurros de prazer, lágrima de despedida, sorrisos de encontro, redundância de "vai com Deus", negócios financeiros, namoricos, casos de amor escondidos, roubalheira, crime e castigo.
A pedra da estação era um instante eterno de felicidade e festa. Pegar o trem, assim como deixá-lo ali na plataforma era uma conquista. Quase um momento de absoluta celebração.
Era como se deixássemos o mais legítimo sentimento humanista povoar a nossa própria alma.
E uma vez dentro do trem, o mundo num passo de mágica, tomava um novo rumo... Ante os toques ritmados dos trilhos, o apito, o barulho das rodas sobre o ferro a deslizar para o oco do mundo. O balançar compassado do vagão, o freio, as coisas, os bichos correndo muito mais que nós. A lei da física fazendo de todos os passageiros da ilusão, meras cobaias para o devir. E nós, amando tudo aquilo do alto da nossa mais soberba ignorância ou quem sabe, doce ingenuidade.
O cobrador, o calor, o vento, o carro, as vilas e povoados às suas margens, rios, pontes e riachos, mata virgem, roceiros, espaços exíguo, cubículo cheio de gente como a própria pedra da estação que se deixou para trás. Tudo correndo, passando por nós tal qual o passado que ficou também a esperar por nós na pedra da estação.
Quem me dera ter o trem de volta! Para que na próxima estação pudesse de novo apreciar aquele formigueiro humano numa verdadeira exposição ao ar livre do que havia de melhor e mais tradicional na gastronomia cearense. Quisera degustar de novo, tanto com a boca quanto com os olhos aquele banquete da rica culinária sertaneja: O vendedor de água de pote bem dormida na quartinha com a aquele gostinho distante de barro. A macaxeira saborossíma de Missão Velha a que todos diziam ser do cemitério, talvez por só por isso fosse tão gostosa. Saborear de novo o pão-de-ló do Arrojado, o sequilho do Sabiá a se derreter na nossa boca. A banana quase afrodisíaca de Baturité, o café aromático do Alencar, o rolete da melhor cana do Cariri, a tapioca de Lavras, a cocada e o alfinim da Ingazeiras, a batida do Crato e o tijolo de buriti. O pastel mais inigualável do Ceará só encontrado na estação de Aurora feito como mágica pelas mãos de Dona Vicência Maciel. Assim como o milho assado, a pamonha do lugar, o almoço nas bancas de madeira na parada de Quixaramobim. O peixe do Salgado seco e assado, o bolo de milho, o fiós, o chapéu de couro, o café torrado no caco, o amendoim, a castanha de caju, o gole da água da cacimba na caneca de flande, a tábua de pirulito de mel, o quebra-queixo no papel de embrulho, o chá de capim-santo, erva cidreira, a sopa de frango-capado, a galinha caipira, a rapadura, o Chouriço, o doce de gergelim. Tudo isso formava o universo dos sabores da terra contidos nas inesquecíveis viagens de trem pelo nosso Ceará de uma ponta a outra.
Um vai e vem que muito contribuiu para o engrandecimento de toda a região caririense. Do Crato a Fortelaza e de lá até Sobral ... Uma viagem, cuja saudade nem o tempo conseguirá apagar dos nossos sentimentos mais latentes. O trem portanto, é parte importante do nosso passado mais agradável, assim como das nossas reminiscências mais bonitas a tal ponto que as levamos conosco para sempre onde que estejamos.
O trem é toda a nossa memória afetiva, cujo fantasma do esquecimento total não haverá de apagá-la, porque pelo menos em nós, ela será eterna.
Difícil é se entender com qual maldade os nossos políticos, sob o lobismo dos magnatas dos transportes rodoviários e do poder político, em detrimento da maioria do povo, se dera a este ridículo papel de pôr um fim ao trem(cargueiro e de passageiro): símbolo maior do nosso progresso e da nossa história.
Quem me dera Aurora ter o trem de volta!...
sexta-feira, 13 de março de 2009
Ética, pelo menos para as criancinhas
Por: Luiz Domingos de Luna
Já é chegada a hora de se implantar nos currículos escolares a disciplina de ÉTICA, principalmente para as crianças, pois a realidade apresentada é muito dura, quando o lamaçal da impunidade, da corrupção e da inépcia do Estado, vão se configurando na mente da criança {de que tudo isto é normal}. É a lei do mais forte, É a lei do Gérson; Isto, com certeza são agentes desmotivadores para que as crianças busquem o aprendizado cotidiano, a responsabilidade social e partam para a conquista de um mundo fácil, amorfo, é neste clone da realidade que nos é apresentada, que nasce a naturalização das idéias, ou seja, achar que tudo é normal; por exemplo, pensar que a política é uma alcatéia de lobos humanos, que buscam somente {o seu bem estar e o de sua família}. Achar que os políticos podem tudo, inclusive lesar o patrimônio público em beneficio próprio. Achar que neste país quem não rouba ou deixa roubar é um otário. Achar que as garotas devem ser presas no meio de marginais para serem estupradas. Achar que os políticos corruptos nunca serão punidos. Para evitar esta visão naturalizada das idéias, nada melhor do que a implantação de ÉTICA para as crianças, pois quem sabe? A realidade pode mudar, e quando mudar? Salvaremos deste quadro amedrontador pelo menos as criancinhas.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Prof. Cícero Menezes para Diretor da Escola Getúlio Vargas
Coloco o meu nome à disposição de todos para que eu exerça com dignidade a função de Diretor da Escola Getúlio Vargas, pioneira na educação do povo fariasbritense.
Dia 23 de Março, vote Nº. 01.
Cícero Menezes, Escritor, Professor Licenciado em Pedagogia pela Universidade Regional do Cariri, Licenciado em Letras pela Universidade do Vale do Acaraú, com Especialização em Língua Portuguesa e Arte e Gestão Escolar.
“Tudo posso naquele que me fortalece, o Senhor Jesus Cristo”.
terça-feira, 10 de março de 2009
ABERTURA DA FESTA DE SÃO JOSE
A imagem de São José saiu da Escola Cosmo Pereira, acompanhada pela Banda de Música Pe. David Moreira e por grande número de fieis. Ao chegar na Capela foi hasteada a bandeira e dado início à 1ª novena.
A comunidade festeja também o Centenário de Nascimento do Poeta Patativa do Assaré que residiu na Serra de Santana, visinha a Serra do Quincuncá. Está sendo homenageado, pela Escola Getúlio Vargas, também no anexo de Quincuncá, que desenvolve um Projeto sôbre a vida e as obras do Poeta do Sertão.
Domingueira VIP
17h
Clube Recreativo Recanto da Serra
Farias Brito - CE
Atrações:
- Garota Safada
- Arreio de Ouro