Trechos do cordel:
O ENCONTRO DE LAMPIÃO COM ZÉ CAPETA
Como poeta que sou
Cordelista e nordestino
Peço licença aos colegas
Que tem o mesmo destino
Mas a pedido de um amigo
Vou tentar ver se consigo
Falar sobre Virgolino
Quem não conhece a fama
Do nordeste brasileiro
Pobre terra castigada
Pela seca o ano inteiro?
Mas rica em homens valentes
De coronéis e tenentes
E do maior cangaceiro.
Do Juazeiro do Norte
De Padre Cícero Romão
E Virgolino Ferreira
O temido Lampião.
Sem por os outros pra baixo
Foi um dos homens mais macho
Que já nasceu no sertão...
...Seu rifle jorrava fogo
Clareando a escuridão
Semelhante uma luz
No pavio de um lampião
Então surgiu o apelido
Do homem mais conhecido
No cangaço do sertão
Por um propósito de Deus
Ou artimanha do cão
Na fazendo vila bela
No agreste do sertão
Nasceu então um menino
Por nome de Virgolino
Que veio a ser Lampião...
...Ele era um homem terrível
Um terrível sem parelha
Sangrava seus inimigos
Como quem sagra uma ovelha
Arrancava olho e dente
Marcava com ferro quente
E decepava a orelha...
...Zé capeta em uma venda
Uma pinga estava tomando
Quando chegou Virgolino
Juntamente com seu bando,
Desfazendo de Lampião
Zé Capeta cuspiu no chão
E já foi logo falando:
Por que, que não me pediu
Para poder se achegar?
Saiba que onde eu estou
Só entra quem eu deixar
Portanto dê meia volta
Saia pela mesma porta
Se não quiser apanhar.
Isto de costas pra porta
Sem mesmo ele saber
Com quem estava falando,
Então se virou pra ver,
Pegou a faca e o revolve
E disse ninguém se move
Este cabra vai morrer...
Caso queira saber o final desta história pode esta entrando em contato com o autor saiba como adquirir via postal.
Francis Gomes
tchekos@ig.com.br
(011) 47470384/ 76154394
ou acessar o blog da A.C.L.B.
http://www.literturanobrasil.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário