segunda-feira, 19 de julho de 2010

Antonio Benedito, o Mestre dos Mestres. por Elmano Rodrigues Pinheiro


Quando começo a fazer uma retrospectiva das mais belas imagens da minha vida, sem sobra de dúvida vou recuperar no baú das recordações fatos e imagens da minha infância no velho Quixará.
Nesse passeio saudosista, focamos sempre em tudo que foi de mais importante, e ficamos ligando, pessoas, lugares, objetos, e no nosso subconsciente começam aparecer imagens fantásticas de tudo que foi marcante, e que de alguma forma poderíamos tentar recuperar.
Numa passagem pela feira do Crato em janeiro desse ano no meio de uns cacarecos, eis que surge uma chave de fenda construída artesanalmente com vergalhões e um cabo de madeira improvisado, que me remeteram de volta ao Quixará de tantas lembranças. Era o ressurgimento de uma das mais belas figuras que faziam parte das minhas recordações.
Lembrei-me das portas e janelas de cedro que ornamentavam a minha casa, daquelas mesas e cadeiras que faziam o cotidiano de todas as famílias da vizinhança, e daquela família tão bem administrada, que recebia de todos uma deferência, pela maneira pacata, comportada, educada, religiosa, e que gozava de um respeito ímpar em toda comunidade.
Há poucos dias numa dessas minhas visitas corriqueiras a uma “garage sale”, bati os olhos numa maravilhosa mesa de oito lugares, composta de um banco comprido, três cadeiras espadadas, e duas cadeiras dobráveis de cabeceira, e numa decisão mais que de supetão rebuscando as imagens do meu passado, comprei, e hoje ornamentam a minha sala de jantar.
E me perguntam, e o que tem a ver com o velho Quixará?
E eu respondo. Tem tudo.
Aqui está aquilo que me remete a minha infância. Remete-me àquela figura que a vida inteira abrilhantava minhas recordações de uma pessoa de bem, profissional dos mais respeitados, e que centrava na família o seu modo de vida, baseados nos bons sentimentos de integridade moral e física.
È assim que relembro a bela imagem do grande artista Antonio Benedito, que abrilhantou durante longos e longos anos, a arte da marcenaria pelas ruas do velho Quixará.

3 comentários:

Unknown disse...

Elmano que pessoa linda voce é, chorei muito,foi uma emoção muito muito grande ler o que voce escreveu sobre meu saudoso pai (Antonio Benedito)vou falar pra familia inteira ler,aos netos e bisnetos que não tiveram a chance de conhece-lo enfim pra muita gente.Este movel da foto foi feito por ele?ver tudo isso foi lindo demais, muito obrigado Abraços Irene

cleber lemos disse...

Eu nao o conheci pois quando ele faleceu minha mae maria do carmo ainda era criança ambos recem chegados à sao paulo é muito bom saber que ainda ha coisas que meu avô (Antonio Benedito) contruiu parabens pela materia e eis que depois de muitos anos um neto ve o que o avô deixa de legado para as descendencia.
abraços Cleber Lemos

Unknown disse...

Já faz muito tempo que voce se foi, mais as veses a saudade bate forte e parece que foi ontem e fico tentando amenizar esta saudade lembrando das coisas boas que vivi ao teu lado lembro das festas da padroeira em F.Brito das festas de S. João da fogueira que voce fazia, da pessoa que voce foi, do homem serio e trabalhador do mestre dos mestres como disse Elmano. Pai para te homenagear no dia dos pais e amenizar esta saudade só ouvindo aquela musica que voce gostava tanto que diz assim: Na casa branca da serra... e por ai vai tua filha Irene