segunda-feira, 16 de junho de 2008

A magia dos Cururus, na linguagem dos Cariú.


O sapo “Cururu“ para os índios Cariú, da tribo Cariri de Baixo,
que habitavam as cercanias de Quixará atual Farias Brito,
era o símbolo máximo da prosperidade e da bonança.
Quando da chegada do inverno o seu canto era admirado,
e em cada som, o pajé fazia a leitura das previsões,
procurando assimilar em cada coaxar uma boa e alvissareira
notícia, enchendo de alegria a todos os recantos da aldeia.
A ligação entre esse animal e a tribo era tão forte,
que até no descanso dos seus mortos, um som de maestria
era ouvido em toda extensão do Riacho do Saco,
por onde desciam as águas puras e cristalinas dos
grotões da Serra do Quincuncá.
Nos baixios da Lagoa de Dentro ao Escondido até hoje,
no silêncio das noites de inverno, se ouve a orquestra
afinada dos sapos, acompanhada do apupo sonoro das rãs
e pererecas, aplaudindo esse milagre encantador da natureza.

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