Por Luiz Domingos de Luna
Errar é humano, com este bordão a sociedade vem nas curvas do espaço tempo construindo a sua civilização - pela linha espiritualizada, o erro entra no perdão, do perdão absolvição e assim a roda da vida continua, já na linguagem material, os erros precisam ser reparados, com penas e mais penas - o erro é corrigido, assim o pulsar vivo continua, porém o erro sempre presente na historia da humanidade.
O Brasil de hoje, depois de há muito, vem reconhecendo o poder do erro, já está sendo naturalizado no seio da sociedade brasileira que existem erros causados pelos comuns e pelos incomuns, o erro dos comuns ainda está sendo reparado com as mesmas técnicas estabelecidas pelas leis e pelo cumprimento do Estado Democrático de Direito, sem nenhum prejuízo para os que já estão conseguindo espaço para ser incomum, portando sem a obrigatoriedade de reparar os seus próprios, razão de serem incomuns, e, já, na naturalização de que os incomuns podem mudar o ritmo pulsativo da ética que era comum a todos.
Esta divisão do erro desprestigiado, como um anti valor para sociedade, portando sendo o causador ativo, de reparação é um modelo bastante arraigado no seio da sociedade, implantado desde o surgimento do homem na era cenozóica do período do pleistoceno aos dias atuais.
O Erro dos incomuns, que na verdade não chega a ter o privilegio de ser um erro de verdade, pois é totalmente diferente do conceito do erro, já devidamente registrado na história é um poder, onde uns poucos podem usar e se manter acima dos comuns é algo novo e que causa certo charme para os que podem ter esse privilegio.
O Grande problema é na verdade o tempo, pois os comuns de hoje poderão ser os incomuns do amanhã, ou em caso extremado, todos terem o foro privilegiado de ser um eterno incomum, podendo mostrar o seu erro como o troféu de seu poder, ou seu prestigio na sociedade, assim, teremos que escrever duas cartas de contrato social, uma para os comuns e outras para os incomuns.
O Problema nasce quando uma parcela significativa da sociedade pensar que não quer mais ser comum, portando o poder do erro está justamente em ser incomum, pois o erro comum pode não ter o poder do erro incomum.
(*)Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra – Aurora – Ceará
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