quinta-feira, 24 de março de 2011

Compreender o Nordeste como elemento definidor de nossa Identidade

O autor Durval Muniz em sua obra: Nos Destinos de Fronteira: História, espaços e identidade regional, nos faz compreender como surgiu o conceito de nordestinidade, a partir do elemento “seca”, desencadeador da divisão entre “Norte” e “Sul”.
Ele trata da produção do nordeste numa visão discursiva imagética e tenta compreender o Nordeste como elemento definidor de nossa identidade.
O autor coloca ainda em sua obra como surgiu um nordeste adequado para os estudos da academia, através dos: jornais, cinema, literatura, teatro, músicas, etc.
Como se produziu este recorte espacial, seus sentidos e significados? Por que sua fundação se deu sob o signo da saudade, da tradição e que conseqüências políticas advieram deste fato? São questionamentos que Durval nos coloca de forma clara e objetiva nos levando a compreender o “ser nordestino”.
O escritor foi buscar fazer estas análises a partir das leituras de Gilberto Freyre, Manuel bandeira, Raquel de Queiroz, Câmara Cascudo, José Lins do Rego, Ariano Suassuna, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga.
Alma sertaneja que mesmo diante das intempéries da vida, do desemprego, do preconceito, das injustiças; não desanima e luta; no sentido de ver nossa “autonomia” respeitada. E este sentimento se faz mais forte, no momento em que nossos jovens médicos se submetem a uma banca julgadora, para concurso de residência ou um curso em São Paulo. O nordestino, especialmente o cearense, precisa estar bem preparado, para não ser humilhado por colegas sulistas.
A leitura de Durval Muniz nos fez compreender e sentir mais forte o sentimento de respeito e valorização a nossa identidade, pois só estudando e compreendendo as nossas origens é que podemos nos colocar como sujeitos críticos e construtores de nossa história.

Maria Laice Almeida Lacerda
Graduanda do Curso de História
Universidade Regional do Cariri

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