Por Luiz Domingos de Luna
Precisamos urgentemente definir um conceito de família que atenda as necessidades sociais
A banalização das idéias, a naturalização das ações e o olhar social de que tudo que está "aí" é uma amostra da realidade em que se vive; é um raciocínio oportunista e de uma fatalidade que em nada colabora para com a melhoria do tecido Social Brasileiro. O Modelo de família atualmente aceita pelo estado Brasileiro é no mínimo obsoleto, quando os agentes de transformação social e crescimento econômico do país deveriam ser balizados no conceito de uma estruturação que beneficiasse o bem comum da coletividade. Ora, quando o estado cria masmorras para o beneficiamento de famílias nucleares, projeta um grande prejuízo futuro para a sociedade, vez que, nós não podemos estar atrelados a leis e normas ultrapassadas e que somente agridem o espaço social num ambiente propício para o caos, a violência, o desânimo, razão esta, de considerar a reformulação urgente do Código Civil Brasileiro, onde as novas permutações do conceito de familia estejam sintonizadas com o real social. Impingir para sociedade um modelo familiar que está ultrapassado, que não mais atende as necessidades da sociedade é o ponto iniciático, a meu ver, do nascimento da opressão fabricada pelo próprio estado e que será um peso muito grande para a sociedade brasileira. "A Célula mãe da sociedade - A Família - deve ser fecundada em arranjos possíveis de uma vida digna e que venha levar dignidade os incluídos" numa projeção de luz para o espaço social.
Entendo que o machismo, o feminismo ou todo o tabu, instalado desde o tempo da Escravatura, quando a argola do escravo estava presente na mente do seu senhor, é uma posição "sagrada", intocável; assim, enquanto está doutrina de pensamento for uma norma constante no estado brasileiro, sem abrir espaços para novas composições familiares que pensem em longo prazo no bem estar de nossas crianças e numa sociedade de oportunidades para todos, sofreremos diariamente, com esta "algema" do estado principalmente as novas gerações.
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