EEF Joaquim Ferreira dos Santos
Barreiro do Jorge – Quincuncá – Farias Brito – CE
II Concurso Literário: “Brasil, um país de todas as cores”.
Autor: Antonio Rodrigo dos Santos Maroto – 6ª Série
Capa: Sandiego Paiva Sousa – 9ª Série
O negro de antigamente
Era muito maltratado
Por causa de sua cor
Não era considerado
Vendidos para os senhores
Pra trabalhar no pesado
Se criava revoltoso
Toda aquela nação
Não conhecia seu pai
Nem tão pouco seu irmão
Trabalhava sem ganhar
Só tinha direito ao pão
Trouxeram o negro infeliz
Do continente africano
Vinha em porão de navios
Nas águas do oceano
Separado da família
Sofrendo seu desengano
A lei não lhe protegia
Pois não era cidadão
Não tinha nenhum direito
Nem mesmo a religião
Tratado como animal
Era visto como um cão
Veja meu caro leitor
A grande fatalidade
Que o europeu implantou
A essa comunidade
Ainda hoje há racismo
É triste mais é verdade
Mesmo assim muitos escravos
Conseguiram escapar
Embrenhava-se no mato
Sem saber aonde chegar
Fugindo do capitão
Para o Quilombo alcançar
Era um momento difícil
Quando o escravo fugia
Pois o capitão do mato
Esse escravo perseguia
E o negro andava de noite
E se entocava de dia
Quando era capturado
Aumentava seu sofrer
Pois o capitão do mato
Lhe batia com prazer
O sofrimento era tanto
Chegava até a morrer
Aqueles que conseguiam
Chegar até aos quilombos
Escapavam dos mau tratos
De ser amarrado em troncos
Da fúria de seu senhor
Das chicotadas nos lombos
O quilombo foi formado
Por escravos fugitivos
Que fugiam dos senhores
Todos com objetivos
De comprar sua liberdade
De nunca mais ser cativos
Zumbi foi grande guerreiro
Dessa nação africana
Lutou defendendo os seus
Pois é um povo bacana
Zumbi é irmão de Pelé
Os dois são homens de fama
Hoje o negro é respeitado
Pois direitos ele tem
O índio lá na aldeia
É respeitado também
E se falar mal do negro
O processo logo vem
Vamos acabar com o racismo
Pois isso ficou pra trás
Respeite o negro e o índio
Criança, velho e rapaz
Respeite nossa mulher
Ela precisa demais
Eu sou contra o racismo
E meu colega também
A escola está defendendo
Esse projeto de bem
E os professores ensinando
Que o racismo não convém
Aqui terminei meus versos
Agradecendo aos leitores
Agradecendo aos meus
E também aos professores
E a cultura afro-brasileira
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