EEF Pedro Fernandes de Alcântara
Distrito de Cariutaba – Farias Brito – CE
II Concurso Literário: “Brasil, um país de todas as cores”.
Autor do Cordel: Antonia Aparecida Januária dos Santos – 9ª Série
Capa: Maria Feitoza de Lima – 7ª Série
Vou começar meu poema
Pra essa nação querida
Vou falar desse Brasil
Que faz parte da nossa vida
Brasil de todas as cores
Que teve gente sofrida
Há muitos anos atrás
Negros não tinham firmeza
Eram muito judiados
Essa é a pura certeza
Todos eram escravizados
Na América Portuguesa
Trabalhavam todo dia
Tratados com violência
A nada tinham direito
Viviam na inocência
Serviços sempre pesados
E nunca tinham licença
Para os escravos que tinham
Dificuldades demais
De aprender os costumes
Eram chamados BOCAIS
Se errassem muitas vezes
Os golpes eram fatais
Mas já para aqueles
Que o apelido daria
Chamavam-no de LADINOS
Os que rápido aprendiam
Ficava tudo mais fácil
Pra viver no dia a dia
A escravidão foi um traço
Mas marcante nessa vida
Na América Portuguesa
Muita gente era sofrida
Eram muito massacrados
Ás vezes até vendidos
Os escravos não dispunham
De tempo pra se cuidar
Higiene no seu corpo
Não era bom nem pensar
Pois o seu tempo inteiro
Só davam prá trabalhar
Os mercadores levavam
Homem, criança e mulher
Sofriam acorrentados
Perdiam até a fé
De um dia ser liberto
E de soltarem seu pé
Quilombo era o nome
Lugar pra se refugiar
Sem rumo e sem direção
Para a vida melhorar
E das garras de seu patrão
Tinham que logo escapar
Tinham vários castigos
Um deles a palmatória
Quando iam para o tronco
Apanhavam mais de hora
Aquilo fazia dó
Por isso ficou na história
Os brancos naquele tempo
Vestiam-se gloriosos
Judiavam com os negros
Tanto velhos como novos
Só sabiam maltratar
Com todos aqueles povos
Para os escravos fujões
Eles tinham um jeitinho
Escravizavam os pobres
Com um ferro bem quentinho
Para eles era um prazer
Quando pegavam um negrinho
A violência era grande
Alem de muito trabalhar
Apanhava todo dia
Achavam bom judiar
Eles nem tinham direito
De com ninguém conversar
Os negros naquela época
Só viviam prá sofrer
Presos naquelas senzalas
Tudo tinham que fazer
Portanto hoje o negro
Com os brancos podem viver
Apesar de tudo isso
Depois de tanto brigar
Hoje aqui mo meu Brasil
Preconceito nem pensar
Os negros se ajuntaram
E juntos podem ficar
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