O Blog Farias Brito foi criado para divulgar informações relevantes, atualidades, eventos e registros históricos de interesse dos filhos da terra
segunda-feira, 31 de março de 2008
Confira as atrações da IV Vaquejada de Inverno de Farias Brito (2008)
Foto da Semana #12 - Sangria do Açúde Quixará (Açúde de Aurélio)
Foto: Dr. Cazuza
Data: Março/2008
Local: Sangradouro do Açúde Quixará (Açúde de Aurélio), Sítio Lagoa, Farias Brito - CE
Goya, Myrlla, e Trio Araçá, fecham com chave de ouro, tributo ao Rei do Baião, em Brasília.
Para o segundo semestre, dando prosseguimento aos preparativos
Brasília vai ferver, ao som do ritmo nordestino.
Elmano Rodrigues Pinheiro
domingo, 30 de março de 2008
Livro Memórias do Quixará, de Cícero Menezes
sábado, 29 de março de 2008
Histórico de Farias Brito (Quixará)
O povoamento da terra teve início no primeiro quartel do século XVIII e se originou da concessão de datas de sesmarias a alguns pioneiros. Registro da crônica histórica dá conta que um dos vultos marcantes da formação da comuna foi o coronel Francisco Gomes de Oliveira Braga, chefe político muito influente que consegui fosse o florescente povoado elevado à categoria de vila.
Origem do Topônimo: nome primitivo do município era Quixará. É um topônimo de origem indígena. Vem de “quixa” o que corta, o dicotiles “queixada” mais “à” (sufixo, dizendo “composto do” – composto de queixadas; lugar onde abundam esses dicotiles.
Gentílico: farias-britense
Formação Administrativa:
Distrito criado com a denominação de Quixará, por ato de 22-07-1873 e por lei provincial nº 2042, de 06-11-1883.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Quixará, pelo decreto estadual nº 82, de 13-10-1890, desmembrado de Assaré. Sede no atual distrito de Quixará ex-núcleo de Quixará. Constituído do distrito sede. Instalado em 15-11-1890.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila aparece constituído de 2 distritos: Quixará e Barreiros.
Pela lei estadual nº 1794, de 09-10-1920, é extinto a vila de Quixará, sendo seu território aenexado ao município de Santana do Cariri.
Pela lei estadual nº 2359, de 26-07-1926, o distrito de Quixará deixa de pertencer ao município de Santana do Cariri, para ser anexado ao município de Crato.
Pelo decreto estadual nº 193, de 20-05-1931, o distrito de Quixará deixa de pertencer ao município de Crato, sendo incorporado ao município de São Mateus.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Quixará, volta a pertencer ao município de Crato.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Quixará, pela lei nº 268, de 30-12-1936, desmembrado de Crato. Sede no antigo distrito de Quixará. Constituído de 2 distritos: Quixará e Monte Pio.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído de 2 distritos: Quixará e Monte Pio.
Pelo decreto estadual nº 448, de 20-12-1938, o município de Quixará adquiriu o distrito de Ingá, do município de São Mateus. Sob o mesmo decreto acima citado é criado o distrito de Quincuncá e anexado ao município de Quixará e ainda extingüi o distrito de Monte Pio, sendo seu território anexado ao município de Quixará.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Quixará, Ingá e Quincuncá.
Pelo decreto-lei estadual nº 1114, de 30-12-1943, o distrito de Ingá passou a denominar-se Cariutaba.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Quixará, Cariutaba ex-Ingá e Quincuncá.
Pela lei estadual nº 1153, de 22-11-1951, é criado o distrito de Nova Betânia e anexado ao município de Quixará.
Pela lei estadual nº 2194, de 15-12-1953, o município de Quixará passou a denominar-se Farias Brito.
Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município já denominado Farias Brito é constituído de 4 distritos: Farias Brito, Cariutaba, Nova Betânia e Quincuncá.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960.
Pela lei estadual nº 643, de 29-07-1963, desmembra do município de Farias Brito o distrito de Cariutaba. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 6509, de 01-10-1963, desmembra do município de Farias Brito o distrito de Quincuncá. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 6687, de 16-10-1963, desmembra do município de Farias Brito o distrito de Nova Betânia. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Pela lei estadual nº 8339, de 14-12-1965, o município de Farias Brito adquiriu os extintos municípios de Cariutuba, Nova Betânia e Quincuncá foram criados e não instalados, figuram como simples distrito.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 4 distritos: Farias Brito, Cariutaba, Nova Betânia e Quincuncá.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.
Alteração toponímica municipal:
Quixará para Farias Brito alterado, pela lei estadual nº 2194, de 15-12-1953.
Fonte: Biblioteca Digital do IBGE
http://biblioteca.ibge.gov.br/
Carta do Leitor - Jefferson Wallace de A. Bezerra
Jefferson Wallace de A. Bezerra
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Resposta:
Prezado Jefferson,
ficamos felizes em saber que você está sempre acompanhando o Blog Farias Brito. Este trabalho não seria possível sem vocês nossos queridos leitores. Com certeza a colaboração de diversas pessoas tem sido fundamental para que o nosso Blog em tão pouco tempo tenha se consolidado (acredito eu) como um dos blogs da região do Cariri de maior qualidade e quantidade de conteúdo. Inclusive tendo reconhecimento do Blog do Crato, coordenado pelo o amigo e também de raizes fariasbritenses Dihelson Mendonça.
Agradeçemos as congratulações e estamos sempre lhe esperando por aqui. Pedimos a nossos leitores que divulguem o Blog para a família, os amigos não somente do município de Farias Brito, mas que tenham interesse pela cultura caririense e nordestina como um todo.
Com certeza mensagens como estas são a força motriz para estimular nossos colaboradores a escreverem mais e mais. Nós que temos a agradecer seu e-mail.
Yuri Lacerda
Equipe Blog Farias Brito
sexta-feira, 28 de março de 2008
Pense antes de publicar
Hoje encontrei um vídeo no YouTube que já tinha visto um tempo atrás e achei muito interessante. É um vídeo de uma campanha publicitária alertando aos jovens sobre o perigo de expor informações íntimas na Internet.
Com a popularização de orkut, blogs, youtube, entre outras milhares de redes de relacionamentos cada vez mais as pessoas estão divulgando informações pessoais na Internet. Estas não imaginam o perigo que pode haver com a exposição destas informações.
Só exemplificando como as informações podem ajudar pessoas más intencionadas. O caso do orkut, você pode colocar seus gostos, nome, lugar que estuda, trabalha, fotos e centenas de informações pessoais que podem ser colhidas através de suas comunidades. Então um sujeito mal intencionado com estas informações em mãos pode se aproximar de você já tendo um conhecimento de suas preferências: do que você gosta de comer, ler, assistir, para onde você gosta de ir, etc.
As informações digitais possuem a característica de "reproducibilidade", ou seja, ela é facilmente reproduzível (o famoso copiar e colar). Uma informação que é enviada para a Internet foge de quem a envia, podendo ter uma propagação exponencial.
Por exemplo, uma fotografia que é colocada no orkut ou em um blog pode ser copiada por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Só fazendo um cálculo, se cada pessoa tiver 20 amigos na lista de contatos de email e cada uma pessoa dessas encaminhar um email com sua fotografia para sua lista de amigos, quando os amigos dos amigos de seus amigos tiverem encaminhado já se totalizará 8 mil pessoas com suas fotografias. Portanto, cuidado na hora de publicar seus arquivos pessoais na internet, seja uma fotografia, um vídeo ou até informações sobre você.
Por Yuri Lacerda
NORMANDO - O DALÍ DO SERTÃO
Por: Joilson Kariry Rodrigues
Inicio dos anos 80
O caldeirão da cultura fervia um caldo de arte e anarquia nas trempes do Cariri, cada um adicionando uma pitada de tempero a seu gosto. O homem do sertão, Normando, apimentou o guisado. Ressuscitou Antonio Conselheiro, tomou-lhe o cajado e a língua ferina, fez-se do mesmo barro que modelou Gonzagão e Patativa, dessa argila desidratada que assoalha o sertão. Deu-se para a caatinga, recolhendo ossos e o sal do torrão, fez arte, destemperou o caldo. Usava a grife Salvador Dalí: fartos bigodes, costelas salientadas, e a genialidade de igual a igual, pau a pau como se diz hoje.
Conheci Normando na aridez desses tempos, anos 80. O Crato era de açúcar e fel, ora se afogando nos descontroles das nuvens, ora se esturricando sob a impiedade de Helios, o deus sol. Era refugio dos donos das artes, dos loucos que aprendi a amar, dos anarquistas, era casa da mãe Joana. Normando me apresentou o Crato levando-me a dá o meu primeiro passeio de elevador. Fingiu não rir da minha cara abobalhada, do meu extasio de menino que descobre o mundo para além das ribeiras do Cariús; e deu-me de presente essa cidade, os loucos, os artistas e os anarquistas.
Lembro-me do desenho de giz na calçada da Sé, um sertanejo crucificado num cabo de enxada, riscado numa madrugada de insônia. Nesse dia dividimos o último cigarro, a abstinência de um gole de cachaça, as risadas que acordaram padre Bosco. Ele me convencia a engajar nos movimentos liderados por Leonel Araripe e Carlos Rafael, como se eu tivesse importância pro movimento. As sobras do giz viraram uma escultura de sereia nua em suas mãos gigantescas, talhada e esculpida por uma tampa de caneta Bic, para depois ser atirada nas águas do canal, e foi, boiando, para as águas do oceano que eu ainda não conhecia, encantar marinheiros distraídos.
Esperamos os derradeiros suspiros da lua nos batentes da catedral. E quando o sol veio cumprir sua sina de alumiar o sertão já estávamos na porta de Carlos Rafael, como dois remanescentes da boemia que se negam aceitar o fim da noite, vampiros à luz do dia.
Senti ali que o sertão me regurgitava de suas entranhas, o mundo não era só ali e Normando me dizia isso no dia que me descobriu num esquete de escola em Farias Brito. Era difícil acreditar que eu tivesse algum talento diante das mil faces artísticas dele, mas ele achou que eu tinha.
Normando Rodrigues era Pintor, Desenhista, Escritor, Poeta, Escultor, Artesão, Ceramista, Gravurista, Xilógrafo, entre outras atividades que exerceu.
Filho de D.Carmosina e Enoch Rodrigues, de Farias Brito.
A figura mais fantástica que eu já conheci. Um gênio.
Leia mais sobre Normando Rodrigues
http://www.cariricult.blogspot.com/search?q=normando
Leia tambem a minha coluna no portal Café & Revista
www.cafeerevista.com.br/blogs
____________________________________________________
Arte de Normando Rodrigues que ilustrará a capa do meu livro SERTÃO URBANO
A escudeira fiel do Coronel Chico Leite.
Com um pulso forte, enfrentava com altivez
Incorporava o papel de fiel escudeira do patrão,
Com dignidade passou da casa dos 80 anos,
Gostava de fazer tudo por inteiro, e não aceitava
Vixe meu Deus,deixe eu parar por aqui................
Elmano Rodrigues Pinheiro
Quincuncá via satélite
quinta-feira, 27 de março de 2008
Agenda de Eventos em Farias Brito
Vaquejada de Inverno
Em abril
Com o sucesso estrondoso da Grande Vaquejada de Setembro na cidade de Farias Brito, nada melhor do que outra vaquejada na cidade. Foi com esse pensamento que surgiu a Vaquejada de Inverno que ocorre já há alguns anos no Parque de Vaquejada Silva Antero. A vaquerama local e das cidades vizinhas se reúnem durante toda a semana realizando bolões de vaquejada, e no final de semana disputam a premiação que a cada ano é maior! A diversão é garantida nas barracas, no salão do parque e nos shows à noite.
Festival de Violeiros
Em Maio
Já ocorre há vários anos o maior festival de violeiros da região. Sempre no dia do trabalhador (1° de maio) a cidade inteira vai ouvir os repentes dos violeiros que disputam o prêmio. O evento já tem repercussão internacional, no ano de 2007 houve participação de violeiros de outros países e o festival já faz parte, em conjunto com outras cidades, do Festival Internacional de Violeiros. Vale a pena conferir a nossa cultura estampada nos versos dos nossos violeiros.
Arraiá do Povão
Em Junho.
No mês junino ocorre o Arraiá do Povão em Farias Brito, é o nosso São João! Há festival de quadrilha, barracas de comidas típicas, shows, sanfoneiros, barraca do beijo e muito mais! No festival de quadrilhas há disputa das quadrilhas locais e das cidades vizinhas que concorrem aos primeiros lugares e ao prêmio. São João em Farias Brito: é a cultura nordestina bem difundida em nossa cidade! É diversão garantida!
Grande Vaquejada de Farias Brito
Em Setembro.
Sem dúvida o maior evento da nossa cidade. Milhares de pessoas vêm a Farias Brito participar da vaquejada, entre turistas, vaqueiros, fariasbritenses que moram fora, parentes, amigos, etc. Ocorre no Parque de Vaquejada Silva Antero anualmente no mês de Setembro. A vaquejada a cada ano fica maior e melhor! Há movimentação por toda a cidade, nas ruas, nos bares, nos restaurantes, no parque de diversões, no parque de vaquejada, nas barracas, no salão de festas, etc. É uma das maiores vaquejadas do interior do Ceará e atrai pessoas de todo o Brasil
Padroeira: Nossa Senhora da Conceição
Em Dezembro.
Chega a hora do povo fariasbritense agradecer à sua Padroeira: Nossa Senhora da Conceição. É um tempo de muita reflexão e de muitos devotos na Igreja Matriz durantes as novenas. Com encenações artísticas e muito mais.
Festa do Município de Farias Brito
Em Dezembro.
Com uma programação bastante diversificada é comemorado o aniversário de Emancipação Política de Farias Brito. Com festas dançantes, shows, corrida de jegues, gincanas, jogos, barracas e muito mais! É uma festa para todos os gostos, vale a pena conferir.
Seca dá lugar a enchentes no Cariri
Meteorologistas afirmam que já choveu 85% acima da média histórica de março no sertão do Ceará. Muitos agricultores perderam tudo, por causa dos alagamentos.
Encerramento dos Festejos do Teatro - Dia Mundial do Teatro
O SESC Juazeiro encerra hoje, quinta-feira, os Festejos do Teatro que comemoram o Dia mundial do Teatro celebrado hoje, dia 27 de março.
A programação de hoje (que segue abaixo) terá início às 15h e conta com diversas atrações como oficinas, debates, espetáculos teatrais e circenses, teatro de bonecos, música, poesia, literatura de cordel e inclui ainda, visitação às obras do Teatro Patativa do Assaré e homenagem à equipe de operários, técnicos e engenheiros que conduzem a construção.
Para todas as atividades a entrada é franca.
SERVIÇO:
Festejos do Teatro – Comemoração do Dia Mundial do Teatro
Encerramento hoje, a partir das 15h, no SESC Juazeiro.
Entrada Franca.
Mais informações:
SESC Juazeiro
Rua da Matriz, 227.Centro, Juazeiro do Norte – CE.
Fone: 3512.3355 – Ramal 219.
Programação 27/03 – quinta-feira | ||
Hora | Espaço | Ação |
15h | § Ateliê de Artes Plásticas | § Oficina de construção de brinquedos populares com a Cia Tê-tê-rê-tê-tê |
16h | § Terreiro da Mestra Margarida | § Apresentação de espetáculos circense com integrantes do Instituto de Ecocidadania Juriti - IEJ (Juazeiro - CE) |
17h | § Terreiro da Mestra Margarida | § Apresentação do espetáculo "Mamulengo Arte do Riso" – Cia Tê-tê-rê-tê-tê - Teatro de Bonecos – (Juazeiro - CE) |
18h | § Terreiro da Mestra Margarida | § Lançamento de títulos do projeto SESC Cordel, com leituras dos mesmos, na banca do cordel; |
19h | § Teatro SESC Patativa do Assaré | § Visitação à construção das instalações do Teatro: o Performance Poética: leitura de textos de Bertolt Brecht, feita por atores da região; o homenagem à equipe de operários envolvidos na construção do Teatro, com a presença dos mesmos;
|
20h | § Terreiro da Mestra Margarida | § Apresentação do espetáculo "Magia" – Cia. De Teatro-Circo Lua Crescente (João Pessoa – PB) |
21h | · Galeria de Artes do SESC Juazeiro | · Abertura da exposição: "Patativa em Cena" - exposição das pranchas (Desenhos das Plantas) do Teatro SESC Patativa do Assaré e de poemas e fotos do poeta. · Armazém do Som – "Momento Único" – Show Instrumental com Maria Gomide, Francisco Gomide, Beto Lins e Ranier Oliveira; |
§ Terreiro da Mestra Margarida | § Coquetel; § Queima de fogos; § Encerramento da programação. |
II Concurso Literário & XIII Festival de Violeiros de Farias Brito
&
XIII Festival de Violeiros de Farias Brito
A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte em parceria com o Centro Cultural Maria Mariêta Pereira Gomes, lança o Concurso Literário "Brasil, um país de todas as cores", no intuito de resgatar a significativa participação das culturas afro-brasileira e indígena na formação do povo brasileiro.
I – Período de Realização
O Concurso realizar-se-á no período de 1º de abril a 1º de Maio de 2008.
II - Público-alvo
O Concurso será destinado aos alunos matriculados no Ensino Fundamental II (6ª a 9ª) da Rede Pública de Ensino do Município de Farias Brito.
III – Organização do Trabalho
O trabalho deverá ser composto em forma de cordel, num conjunto de 15 (quinze) estrofes de 06 (seis) versos, abordando a importância das culturas afro-brasileiras e indígenas na formação do povo brasileiro.
O trabalho escolhido em cada Escola deverá ser entregue na Secretaria de Educação até o dia 12 de abril de 2008, devidamente digitado.
A capa de cada cordel deverá ser um desenho feito por um aluno da Escola, retratando o mesmo tema do cordel, e deverá conter o nome do autor do cordel e da capa, bem como o nome da Escola e da localidade.
IV – Dos participantes
Poderão participar todos os alunos interessados, mediante a Coordenação do Centro de Multimeios ou da Coordenação Pedagógica da Escola.
V – Da Seleção dos melhores trabalhos
Cada Escola selecionará através de seus professores de Linguagens e Códigos e Ciências Humanas o melhor trabalho, que será encaminhado à Coordenação do Projeto, para ser impresso em forma de Cordel em nome de cada Escola, e ser lançado no dia 1º de maio, por ocasião do XIII Festival de Violeiros.
Os trabalhos serão vendidos pelos alunos no local do evento e a renda será distribuída 50% para o autor da obra escrita e 50% para o autor da capa.
VI – Orientações Metodológicas
Os Professores de Língua Portuguesa orientarão os alunos na construção dos versos, observando a métrica e as regras gramaticais.
Os professores de História e Geografia serão responsáveis pela pesquisa sobre o tema, juntamente com os alunos, a fim de oferecer os conhecimentos necessários para a realização dos trabalhos escritos.
Para tanto, são sugeridos os seguintes procedimentos para os professores:
- Pesquisar sobre as expressões afro-brasileiras e indígenas.
- Prezar pela valorização das culturas em estudo.
- Divulgar a realização do trabalho para toda a comunidade.
- Monitorar o trabalho em todo o seu decorrer.
VII - Orientações para a seleção dos trabalhos.
Deverá ser selecionado o trabalho que mais expressar os seguintes aspectos:
- estar vinculado às tradições de uma ou das duas culturas;
- abordar tradições e costumes dos povos dessas culturas.
- reforçar a identidade afro brasileira e indígena;
quarta-feira, 26 de março de 2008
O Sanfoneiro do Riacho da Brígida.
Nunca poderia imaginar que aquela figura
Trocamos idéias, colocamos afinidades,
Minha tarde foi mais do que proveitosa
Previsão do tempo
Veja a previsão para os próximos dias para a Cidade de Farias Brito:
Gonzagão continua vivo.
Ontem pela maneira descontraída como se desenrolava
O Coco do Cariri: você sabe como é?
Fotos: Yuri Lacerda
As pessoas formam uma roda, a pisada é forte e ritmada, versos são ditos, as palmas complementam os instrumentos de percussão...O Coco é celebração, os participantes geralmente se reúnem ao ar livre, em contato com a natureza e a memória dos antepassados espreitando a alegria da ocasião. Uma manifestação cultural que ora é dança, ora é brincadeira, a denominação depende mesmo é do grupo que a executa.
O Coco chegou ao Ceará com os escravos africanos que vieram trabalhar nos engenhos de açúcar. As influências são muitas, dos portugueses herdou-se o movimento da roda, algumas coreografias assimilaram influências indígenas, dos africanos veio a tal umbigada, que funciona assim: o dançarino solista dá uma pancada com o umbigo na pessoa ou nas pessoas que deverão substituí-lo.
A cuíca, o pandeiro, o ganzá e o triângulo são os instrumentos musicais necessários para acompanhar a brincadeira. Dizem que começou como cantiga de trabalho utilizada pelos negros enquanto quebravam o coco para a manufaturação. Impossível é classificar porque a nomenclatura vem sempre de situações muito particulares, como o local, daí surgiu o Coco de Usina, Coco do Sertão e Coco de Praia, outras vezes dependendo do tipo de instrumento utilizado, existe o Coco de Ganzá e o de Zambê (uma espécie de tambor), ou ainda decorrente do processo de composição musical como o Coco de Toeira ou Embolada.
Na região do Cariri existem vários grupos que preservam a tradição de seus ancestrais dançando Coco, segundo o presidente da Fundação de Folclore Mestre Eloi, Antonio Carlos Ferreira Araújo (professor Cacá Araújo), a desenvoltura coreográfica faz alusão às danças primitivas de negros e índios, atualmente temperadas por versos de inspiração trovadoresca medieval no estilo mais nobre dos cantadores sertanejos. “É o sertão revelando-se universal em sua alma brincante”, diz.
É interessante perceber como a brincadeira vai se adequando à população local, o coco de praia é formado exclusivamente por homens, o coco do sertão é dançado aos pares (homens e mulheres). No Crato, o grupo A Gente do Coco apresenta características notáveis, os pares são formados somente por mulheres, sendo que uma parte delas faz o papel do cavalheiro na dança. E as coquistas têm idade entre 49 e 87 anos, Edite Dias de Oliveira Silva é mestra desse grupo de mulheres do bairro Gisélia Pinheiro (conhecido por Batateiras) e conta que quando começou os homens não queriam participar, por isso veio a idéia de formar pares de mulheres, mas acredita que se resolvessem convidar os homens para a dança hoje, eles aceitariam porque já perceberam “o sucesso” conquistado.
Edite Dias conheceu a brincadeira do coco em 1979, aprendeu com uma amiga, hoje é a mestra de um grupo de 17 integrantes, são sete mulheres que se vestem de cavalheiros, sete que são as damas, uma que puxa a toeira, e um menino que é pandeirista. O que é toeira? Mestra Edite explica de forma simples: “É o canto que a gente canta”. Ela vai puxando as toeiras (os versos), as outras pessoas da roda respondem com palmas, pisadas e refrãos. O único instrumento de percussão que A Gente do Coco possui é o pandeiro. “Há muito tempo que a gente fala nisso aí mas nunca achamos um patrocinador que nos desse outros instrumentos e o nosso grupo é pobre porque nós somos todas agricultoras”, diz dona Edite.
Cacá Araújo relata que as mulheres da Batateira são trabalhadoras rurais politizadas, participam de movimentos comunitários, lutas sindicais, e executam um espetáculo primoroso, com coreografias marcadas por pisadas fortes e voltas em roda. “Umas avós, outras já bisavós, com resistência física, beleza rítmica e alegria”, afirma. Maria Raimunda Sena de Sousa é uma das damas que compõe o grupo, tem 76 anos, dança coco há 32 anos e diz que o médico recomendou exercício físico porque ela tem problema na coluna e dores nas pernas. “Aí eu acho é bom, quando eu tô brincando pronto! Desaparece tudo e eu num tô é sentindo nada, quando eu tô quieta dentro de casa, é toda encriquiada(sic), é toda dura”, diz.
Os ensaios acontecem apenas uma vez por mês, no quintal de dona Edite sob uma enorme mangueira. Quando estão programadas apresentações públicas elas aumentam o número de encontros. As damas se apresentam com uma saia rodada de babado com elástico na cintura, uma blusa soltinha com babado grande e um laço na frente, aquelas que se vestem de cavalheiros usam uma calça comprida feita do mesmo pano da blusa das mulheres e uma camisa do mesmo pano das saias. Para calçar utilizam sapatilhas ou sandálias de couro. Os versos são criados de acordo com o local em que vai ser feita a exibição, quando ocorre numa praça eles ensaiam uma cantoria que fale sobre esse lugar.
A partir da orientação do folclorista Eloi Teles de Morais foi criado um grupo de coco infantil há alguns anos, o Coco Mirim da Batateira, que tem Edite Dias de Oliveira Silva como mestra e Raimunda Queiroz Vitorino como mestra coordenadora. A iniciativa repercutiu de forma satisfatória e hoje já existe o Coco Misto, que reúne meninos e meninas brincando coco, diferindo do adulto pelas pisadas e toeiras.
Segundo mestra Edite as crianças estão fazendo um coco mais “teatral”, onde os passos (pisadas) vão representando as situações, no momento que o verso fala em pisar o milho o cavalheiro faz como se estivesse pisando o milho, quando fala em peneirar a mulher faz de conta que está peneirando. Ela explica que com o grupo A Gente do Coco há dificuldade em fazer algo assim tão elaborado porque é complicado para uma senhora decorar tantas minúcias. “Nós preparamos esses grupos mirins que é pra ver se quando a gente não tiver mais condições de tocar esse barco, eles têm condições de levar isso aí”, disse.
Cacá Araújo explica que é essa herança cultural transmitida aos mais jovens que garante a longevidade aos folguedos, embora seja natural a incorporação de alguns elementos e a perda de outros. “Sempre foi assim. Da idade da pedra, passando pelo surgimento da agricultura, até os tempos da modernidade, podemos, querendo, identificar elementos constitutivos da alma criadora do homem, com roupagens mais ou menos diferentes, mas com a essência original”, diz.
FUNDAÇÃO DO FOLCLORE MESTRE ELOI
Em 1997 foi criada por Eloi Teles de Morais, Cacá Araújo, Rosemberg Cariry e mestres dos folguedos locais a Fundação Casa do Folclore Cego Aderaldo. Após o falecimento do Mestre Eloi em 2000, foi feita uma homenagem dando à Fundação o nome dele. Mestre Eloi era cordelista e radialista, trabalhando na rádio Educadora com o programa Coisas do meu Sertão, recitou poetas populares como Zé da Luz, Cego Aderaldo e Patativa do Assaré, incentivou e divulgou as manifestações do folclore da região do Cariri. Hoje a Fundação do Folclore Mestre Eloi busca difundir e preservar as tradições populares, reúne 20 grupos folclóricos diversos e mantém um Conselho formado por mestres do saber popular.
Fundação do Folclore Mestre Eloi:
R.Mons. Fco. de Assis Feitosa, 576, Centro – Crato – Ceará – CEP.: 63.100-360
Tel.: 88 35237430 - 88 35231333
terça-feira, 25 de março de 2008
Preito de saudade
90 anos vividos à sombra do saudoso Quixará. Mesmo quando faltou-lhe o uso da razão, pedia para voltar para lá, como que tivessem lhe retirado do torrão tão querido, onde fora criado por Seu Non e Dona Lôzinha, ao lado de Raimundinho, Honorato, Pierre, Elza, Teca, Aldizia e Chica.
Foi aqui que juntamente com a Professora Gracildes Ribeiro (in memorian) constituiu a sua família, formada por quatro filhos, atualmente bem sucedidos e bem projetados na vida, amantes da terra que os pais lhes ensinaram a querer bem desde a mais tenra idade.
Na sua vida pública, defendeu a pátria no seguimento à carreira militar, tendo prestado relevantes seviços a esta terra, zelando pela segurança e bem estar de seus conterrãneos.
Homem de sensatas atitudes e espírito de humildade, descansa em paz para contemplar a face grandiosa de Deus onipotente.
Texto: Cícero Menezes
segunda-feira, 24 de março de 2008
Brasília abrirá a grande festa do Rei do Baião.
Dia 28, o material seguirá para São Paulo,
Foto da Semana #11 - Igreja de São José em Quincuncá
Foto: Dr. Cazuza
Data: 01/03/2008
Local: Distrito de Quincuncá, Farias Brito, Ceará
Transborda o Cariús
Escola Sossego da Mamãe inundada
Rua Cel. Manoel Pinheiro de Almeida
Rua Otacílio Correia
Praça João Matias
Colaborou: Cícero Menezes
domingo, 23 de março de 2008
Homenagem ao Poeta Maranhão
Poeta nato, teve o privilégio de passar a maior parte de sua vida em contato com a natureza e com o homem do campo onde busca inspiração e conhecimentos para escrever suas poesias, que são principalmente relacionadas aos problemas sociais. No entanto, o poeta não dispensou o humor erótico tão bem representado em a Farra na Beira Mar e A fruta que Adão Comeu e de marcos históricos como a Comédia da Maldição e o Régulo do Desterro.
Foi membro fundador da academia dos cordelistas do Crato ao lado de Elói Teles, Luciano Carneiro, Willian Brito, entre outros. Publicou além de inúmeros cordéis, Coisas do Sertão, O Sertão e suas coisas e O Poeta e o Sertão.
Acróstico
Homenagem da Academia dos Cordelistas do Crato:
Poeta de pele grossa
A voz do homem da roça
Teu canto é uma coisa nossa,
altivo na inspiração.
teu canto é meu sentimento,
Inspirado em sofrimento,
Vens cantando o meu lamento,
A dor do meu coração.
Poeta Maranhão
Homenagem de Josenir Lacerda:
ficou triste a poesia
perdeu a mata e o sertão
quem tanto lhes defendia
A passarada canora
saudou a sentida hora
com tristonha melodia.
Por Laice Almeida
Poesia "Felicidade Nordestina "
FELICIDADE NORDESTINA
Antonio Ferreira de Oliveira (Ocires)
Parece coisa de menino
O que acontece no sertão.
É lindo ver o Nordestino,
Esquecer o seu destino,
Quando a água molha o chão.
Saindo da terra
Ou caindo do Céu,
Para ele? " Faz diferença Não. "
O importante é manter sua crença
Na terra que lhe dá o Pão.
Se ajoelha e agradeçe
A Deus, Nossa Senhora,
São João e São José.
Alegre, dá muitos vivas
Prá plantação que tá de Pé.
É belo ver a legumada crescendo
Seus olhos de lágrimas enchendo,
Quando lança o olhar,
Naquele vasto verdão.
Agora não tem tristeza.
Só o Rio, o Riacho e a correnteza
Lavando e banhando a plantação,
Tal qual o oxigênio e as artérias
Que irrigam o seu coração.
A felicidade é geral
E tome festa e festival
A esperança renasceu
E o Sertanejo se esqueceu
de deixar o seu TORRÃO.
Obs. Antonio Ferreira de Oliveira (Ocires)
Nascido em Farias Brito e filho de Antonio Loló
Colaborador: Carlos Airton de Oliveira
sábado, 22 de março de 2008
As 33 moedas que iludiram o Judas.
Ao Assaré, nosso muito obrigado.
Nossas fronteiras sempre estiveram abertas,
Famílias inteiras nos deixaram um legado de glória
Seu Augusto Moreira, é um exemplo que engrandece
Seus filhos a cada dia nos fazem lembrados, pois as suas
Padre David foi um marco importante na educação do Cariri.
Com sua arte musical Monsenhor Ágio, nos abriu as portas
Eliezer Moreira o nosso grande amigo e mestre, nos brindou
Lamentos do Exílio
Hoje quando abri os olhos, e me deparei com uma foto
O Ceará nos traz tantas maravilhas, que quando
Relembrar o galo de campina, a juriti, o preá,
O caviar pode deixar pra lá, mas a buchada,
Elmano Rodrigues Pinheiro.